Frederico Ferreira Silva, Gastão Elias e João Graça são os três tenistas portugueses que garantiram presença na segunda ronda do quadro principal do 6.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António, que decorre esta semana no Algarve. O destaque vai para Frederico Ferreira Silva, que continua a demonstrar um excelente momento de forma, apenas três dias depois de conquistar o 20.º título da sua carreira no ITF World Tennis Tour. No court 1 do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, derrotou o compatriota Daniel Batista (1738.º) por 6-3, 6-2, somando a sua sexta vitória consecutiva.
“Apesar de já estar habituado a estes campos, eles requerem alguma habituação porque as condições mudam muito devido ao vento e ao sol e sabia que tinha de ir adaptando-me ao que o jogo me ia pedindo. Frente ao Daniel, sabia que tinha se ser eu a pegar no ponto, aproveitar as bolas curtas para vir à rede e ser agressivo e, no final, acho que fiz um bom encontro para uma primeira ronda. É curioso porque não deve haver tantas probabilidades de isto acontecer, mas o Daniel está a jogar bem e não tem tido os melhores adversários, mas mais cedo ou mais tarde, vai começar a somar pontos”, afirmou Ferreira Silva (288.º), após repetir com Batista o duelo da ronda inicial do torneio da semana passada.
Depois do título conquistado no domingo, o tenista português regressou aos courts apenas na terça-feira para um curto treino. “Estive a fazer recuperação activa no ginásio e com o fisioterapeuta, ontem vim ao court para voltar a sentir a bola, mas o foco tem sido em recuperar física e mentalmente e ainda não me sinto completamente fresco, mas penso que, a cada ronda que passar, posso ir sentir-me cada vez melhor. É uma semana com sensações mistas, porque, por um lado, estamos com mais confiança, mas também com um maior desgaste físico e mental. Se conseguir um bom equilíbrio entre a intensidade que tenho de colocar em campo e, ao mesmo tempo, ir recuperando, posso voltar a fazer mais uma boa semana, mas sei que vou ter de dar o litro, porque o que fiz na semana passada não me dá borlas para este torneio”, acrescentou o português, que enfrentará na segunda ronda o britânico Millen Hurrion (849.º).
Gastão Elias (378.º) também garantiu a passagem à próxima fase, justificando o estatuto de sétimo cabeça de série ao bater o canadiano Justin Boulais (558.º) por 3-6, 6-3 e 6-2. “Foi um jogo muito mental, com vários problemas. Basicamente, passei o tempo a tentar arranjar soluções, não estava nos meus melhores dias, alguma dificuldade em encontrar ritmo, vento, um adversário traiçoeiro, canhoto com um bom ‘slice’ e, além disso, desde que perdi nas meias-finais tenho estado a recuperar em termos físicos, portanto vim preocupado apenas em ganhar e em diversas alturas foi feio, mas às vezes ganha-se assim. Já tive de voltar a este circuito por duas vezes e sei que o importante é ganhar, seja de que maneira for, e não posso estar à espera de encontrar aqui o meu melhor ténis”, explicou Elias, que na segunda ronda enfrentará o dinamarquês Benjamin Hannestad (1402.º).
João Graça (1632.º) protagonizou mais uma vitória surpreendente ao eliminar o compatriota e parceiro de treino Diogo Marques (868.º) por 7-6 (8/6), 7-6 (7/4). O algarvio, que treina em Lisboa sob orientação do técnico Frederico Marques, viu o adversário servir a 5-4 no primeiro set e liderar o segundo por 4-1, mas conseguiu dar a volta. “Estou surpreendido de certa forma porque os torneios estão muito fortes e sabia que ia depender do sorteio. Felizmente, na primeira semana ganhei uma ronda e perdi bem, com um dos melhores do torneio. Hoje, sabia que podia ganhar, é um parceiro de treino diário e tirei partido disso, embora não tenha sido um jogo muito bonito. Nestes jogos há mais pressão, mais ansiedade, ambos sabemos como jogar e é preciso muita raça. Foram dois sets parecidos, em que ele teve um break acima em ambos, mas acho que joguei minimamente bem nos momentos finais”, referiu Graça, que está a competir no seu terceiro torneio após uma paragem de seis meses devido a uma fratura no pulso e ainda se encontra a recuperar de uma lesão no adutor. “Estive três dias em recuperação e esta semana não vou jogar pares para focar-me mais nos singulares”, adiantou o português, que enfrentará agora o quinto cabeça de série, o colombiano Soriano Barrera (343.º).
Entre os restantes tenistas portugueses em prova, Francisco Rocha (771.º) ainda salvou um match-point a 4-5 para levar a decisão para o tie-break, mas acabou eliminado pelo russo Pavel Verbin (398.º), por 0-6, 6-1 e 7-6 (7/3). Pedro Araújo (393.º) não conseguiu contrariar a intensidade do alemão Nicola Kuhn (392.º), oitavo cabeça de série, perdendo por 6-2, 6-1, enquanto Tiago Pereira (504.º) cedeu frente ao britânico Ryan Peniston (440.º), com um duplo 6-3.
O 6.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António, organizado pelo Clube de Ténis local (CTVRSA), conta com o apoio da Câmara Municipal (CMVRSA) e da Federação Portuguesa de Ténis (FPT) e distribui um total de 30 mil dólares (cerca de 29 mil euros) em prémios monetários.
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