A velhice é uma das maiores preocupações dos portugueses. Uns temem a chegada dessa fase da vida, outros não pensam muito nisso, mas uma vez com a idade mais avançada, o futuro irá depender da forma como cada um decidir viver essa fase. Em Portimão, no Algarve, o pároco Domingos Costa decidiu fundar um lar que não é bem um lar por se “vestir” de aldeia e por não ter muros, nem portões para entrar.
Na Aldeia São José de Alcacar, em Portimão, no Algarve, os idosos vivem em espírito comunitário e com algo que muito valorizam, a liberdade. “Isto é uma liberdade boa porque não temos cadeado nenhum nem portão”, refere um dos utentes na reportagem emitida pela RTP. Num total de 52 casas, distribuídas por dois núcleos habitacionais em forma redonda com um jardim ao meio, vivem 115 idosos.
Os utentes vivem em casas, mas há apoio com as refeições, limpezas e há ainda fisioterapeutas a prestar auxílio. O projeto resulta da teimosia do padre Domingos Costa, que sempre acreditou no direito de envelhecer sem muros. Segundo Domingos Costa, nesta aldeia “não há regras e também não há portões”.
Maria Perpétua tem 99 anos e faz uma vida normal nesta aldeia
Ali, a velhice vive-se como a juventude, com liberdade. Maria Perpétua, de 99 anos, vive numa das 52 casas da Aldeia São José de Alcacar e faz uma vida dita “normal”. “Levanto-me todos os dias de manhã, faço a minha caminha, limpo as coisinhas, rego o jardinzinho”. No jardim de um dos núcleos habitacionais, Maria Perpétua aproveita para plantar algumas sementes.
Entre os 115 idosos a viver no lar que se “veste” de aldeia, o que mais se destaca é “o convívio uns com os outros e o apoio”.
Leia também: Estas persianas inteligentes da IKEA controlam temperatura e luminosidade da divisão