As autoridades aduaneiras de França emitiram um alerta sobre um produto ilícito que tem vindo a entrar no país em quantidades alarmantes: o chamado “mel erétil”. Este produto combina mel com substâncias ativas usadas em medicamentos para disfunção erétil, como o sildenafil ou tadalafil, sendo vendido ilegalmente em mercados noturnos por preços baixos.
Comercializado em pequenas saquetas ou frascos, o “mel erétil” é promovido como um suplemento recreativo, mas é classificado pelas alfândegas como “sobretudo perigoso”. Segundo a agência aduaneira francesa, o consumo deste produto pode causar graves efeitos adversos, sobretudo quando misturado com álcool ou medicamentos, como aqueles usados para controlar a pressão arterial. Apesar da aparência inofensiva, o produto representa um sério risco para a saúde.
Nos últimos anos, o consumo e o contrabando deste produto aumentaram significativamente. Em 2023, as autoridades realizaram 131 apreensões, um número muito superior às 18 registadas em 2019. A maior operação até à data ocorreu em novembro de 2024, em Marselha, onde foram confiscadas cerca de 860 mil saquetas de “mel erétil”, totalizando 13 toneladas. Este valor equivale ao peso de um autocarro de dois andares.
Segundo a Executive Digest, a operação foi desencadeada por suspeitas relacionadas com documentos de importação de “mel natural” da Malásia. Análises laboratoriais confirmaram a presença de substâncias utilizadas em medicamentos para disfunção erétil. Além disso, foram registadas outras apreensões em várias cidades francesas, como Lyon e Clermont-Ferrand, com um total de mais de 25 mil saquetas confiscadas em junho de 2024.
Grande parte deste produto ilegal é proveniente de países como Malásia, Turquia, Tunísia e Tailândia. As autoridades continuam a alertar os consumidores para os perigos associados a este produto e reforçam a necessidade de evitar o seu consumo.
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