O contrato para a construção das infraestruturas primárias da Barragem do Pisão, no Crato, distrito de Portalegre, vai ser assinado estaquinta-feira, prevendo um investimento a rondar os 65 milhões de euros, segundo os promotores do projeto.
A construção das infraestruturas primárias do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato (EAHFMC), também conhecido por Barragem do Pisão, foi atribuído a um consórcio ibérico – ‘Agrupamento FCC Construcción e Alberto Couto Alves’ – pelo valor de 64,99 milhões de euros, segundo a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA).
Em comunicado, a CIMAA sublinha que este projeto “é o mais avultado” investimento inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com uma dotação de “aproximadamente 141 milhões de euros” e “mais 10 milhões de euros” previstos no Orçamento do Estado.
“A sua concretização permitirá garantir de forma sustentada o abastecimento público de água, o estabelecimento de novas áreas de regadio e a produção de energia a partir de fontes renováveis, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento económico da região” e, neste contexto, tendo “um profundo impacto positivo na qualidade de vida da população”, lê-se no comunicado.
O EAHFM do Crato vai inundar uma área de 726 hectares e contará com uma altura máxima de 54 metros, tendo uma capacidade de armazenamento da albufeira de 118,2 hectómetros cúbicos. A albufeira vai surgir numa área de 10.000 hectares, ficando submersa a aldeia de Pisão, que atualmente conta com cerca de 70 moradores e 110 casas.
A rede de rega vai abranger 5. 494 hectares, distribuídos por três blocos de rega: Crato (654 hectares), Alter do Chão (3.145 hectares) e Fronteira e Avis (1.695 hectares).
O projeto prevê ainda uma central fotovoltaica terrestre e uma central fotovoltaica flutuante, que deverão envolver um investimento total superior a 132 milhões de euros, verba que não está inscrita no PRR.
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