A situação de seca meteorológica diminuiu em junho face ao mês anterior, apesar de ter surgido uma pequena área em seca severa na região no sotavento algarvio junto à fronteira com Espanha.
Segundo o último boletim climatológico Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a 30 de junho, 42,5% do território estava em seca meteorológica fraca (22%), moderada (22,3%) e severa (0,2%), segundo o boletim climatológico do IPMA.
Em maio, não havia qualquer área em seca severa e 48,2% do território estava em seca fraca ou moderada.
No final de junho, a área em seca moderada aumentou em relação ao mês anterior, de 11,9% para 20,3, e a seca fraca diminuiu de 36,3% para 22%.
O aumento da área em seca meteorológica moderada, no fim do mês, ocorreu na região Sul, afetando os distritos de Faro, Beja e parte dos distritos de Setúbal e Évora.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.
Os dados do Boletim Climatológico do IPMA indicam também que o mês passado classificou-se como normal em relação à temperatura do ar e muito chuvoso em relação à precipitação.
Durante o mês de junho ocorreu um período relativamente longo (de 08 a 21) com valores de temperatura do ar muito inferiores ao valor médio mensal e por outros dois períodos (01 a 07 e 22 a 24) com a máxima muito acima do valor médio.
No dia 24 de junho, 10% das estações meteorológicas registaram temperatura máxima do ar superior a 38 graus Celsius.
De acordo com o IPMA, junho foi o 5.º mês mais chuvoso desde 2000, caracterizando-se por condições de instabilidade de ocorrência de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e de granizo acompanhado de trovoada.
No que diz respeito à percentagem de água no solo, o instituto refere que houve uma diminuição da percentagem no litoral da região Sul e aumento dos valores na região Centro.
As regiões do nordeste transmontano, parte do sul de Castelo Branco, Baixo Alentejo e Algarve registaram valores de percentagem de água no solo inferiores a 40%.
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