O presidente da Câmara de Portimão estimou esta terça-feira que os trabalhos de remoção das “várias toneladas de algas” que desde há duas semanas se acumularam na praia da Rocha possam estar concluídos no início da próxima semana.
“É um trabalho moroso que foi iniciado na segunda-feira e que está a ser feito com recurso a maquinaria pesada. Dada a grande quantidade de algas, prevemos que a remoção se prolongue por uma semana”, disse Álvaro Bila à agência Lusa.
A elevada concentração de algas nas praias da Rocha e do Vau, no concelho de Portimão, no distrito de Faro, verifica-se desde há duas semanas, fenómeno que “começou a ter maior visibilidade” na semana passada com as marés vivas, referiu o autarca.
“Embora a quantidade acumulada destes organismos seja muito significativa, não houve a necessidade de encerrar as zonas balneares, ao contrário do que sucedeu no mês passado, com o encerramento, durante dois dias, da praia do Barranco das Canas, conhecida como praia do Alemão”, sublinhou.
No total, adiantou o autarca, “foram retirados 120 camiões carregados de algas da praia do Alemão, o que representa várias toneladas daqueles organismos marinhos”.
Desde 2021 que têm sido recorrentes nas praias do barlavento (oeste) algarvio grandes concentrações de algas castanhas e vermelhas, uma espécie invasora de origem asiática.
A acumulação destas espécies invasoras tem levado as entidades municipais e regionais a classificarem esta como “uma situação já normal”, segundo o autarca daquele município do distrito de Faro.
“Dada a recorrência do fenómeno, desde 2021 que lançámos um procedimento anual de 50 mil euros para a limpeza das praias, dado o município não ter maquinaria pesada para este tipo de serviço”, explicou Álvaro Bila.
Segundo o autarca, a limpeza das praias apenas começou na segunda-feira “porque houve a expectativa de que o mar se encarregasse de levar de volta as algas”.
“Como isso não sucedeu, tivemos de avançar para a limpeza com maquinaria pesada, a cargo de uma empresa privada”, notou o autarca, frisando que, até ao momento, não foi detetada nenhuma contaminação da água motivada pelas algas.
O fenómeno é acompanhado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que analisa diariamente a qualidade das águas balneares.
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