Os bispos do Algarve e de Viana do Castelo recordaram o Papa Francisco, que morreu esta segunda-feira aos 88 anos, como um “homem extraordinário e o melhor de nós todos”, e agradeceram-lhe pela fraternidade e por “todos, todos, todos”.
O bispo do Algarve, Manuel Quintas, lembrou o Papa Francisco como um “homem extraordinário, que trouxe à Igreja e ao mundo um olhar fresco, renovado”.
“A Igreja Algarvia quer celebrar a vida deste homem extraordinário, que trouxe à Igreja e ao mundo um olhar fresco, renovado sobre tantos temas e que chamou a atenção de todos, não apenas dos católicos, para a necessidade da fraternidade, do respeito pelo outro e pelo planeta, da integração das periferias”, sublinhou o prelado.
O bispo do Algarve anunciou, entretanto, que, na terça-feira, às 19:00, na Sé de Faro, preside a uma missa de sufrágio pelo Papa Francisco e exorta os cristãos a, “seguindo o exemplo do Papa Francisco e de S. Francisco (de quem adotou o nome)”, pugnarem pelos “valores da humildade, do encontro, da justiça”.
Por seu lado, o bispo de Viana do Castelo, João Lavrador, que assumiu que a notícia da morte do Papa o estremeceu, agradeceu-lhe pelas periferias, pelos sorrisos, pelas vezes que visitou Portugal, por recordar que o mundo é uma casa comum e não um campo de batalha, por ensinar que perdoar é decidir “não continuar a injetar na sociedade a energia da vingança”, por abrir caminhos, pela sinodalidade e pela fraternidade.
“Obrigado por todos, todos, todos”, afirmou.
Segundo João Lavrador, num mundo que parece tão dividido e violento, o Papa Francisco ensinou o poder da fragilidade.
“O Papa é o melhor de nós todos, não deixa heranças, não deixa legados, deixa tarefas, deixa-nos a Igreja, deixa-nos os confins do mundo”, referiu.
Desta forma, o bispo pediu que todas as comunidades tocassem os sinos na terça-feira, pelas 12:00, e que todos participem na quinta-feira, pelas 18:00, numa missa na Sé de Viana do Castelo em oração pelo Papa.
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
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