A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel emitiu novo comunicado para que se que “reponha a verdade dos factos e esclareça o que, efetiva e infelizmente, se passou e passa com o Museu do Traje”.
“A petição pública com informação distorcida que por aí circula, as inúmeras mensagens de correio eletrónico de proveniência duvidosa, a carta ofensiva, caluniosa, vilmente difundida, e alguns conteúdos partilhados nas redes sociais, exigem uma tomada de decisão da nossa parte”, começa por dizer.
“A difícil decisão de suspensão do diretor do Museu foi uma deliberação unânime e firme da Mesa Administrativa (não de uma pessoa), na sequência de mais um acontecimento difamatório, injustificado e de má-fé, por parte do diretor suspenso, como foi claramente explicado na Nota de Imprensa anterior”, afirma.
“Referíamos, na altura, que constatámos que o diretor do Museu difundiu uma mensagem de correio eletrónico, com proveniência da caixa principal de email do Museu do Traje, que continha como anexo a “Nota Informativa nº. 90”, assinada pelo próprio, cujo conteúdo revela uma profunda falta de conhecimento e tem por base uma interpretação errónea de um extrato bancário, através da qual é denegrido o trabalho diário de mais de uma centena de colaboradores, proferindo acusações muito graves e ofensivas. Porém, este foi o acontecimento mais gravoso ao longo dos últimos anos, em que foram ocorrendo sucessivos episódios graves na conduta do diretor suspenso, conhecidos pelos (ex)colaboradores do Museu, pela gestão da Misericórdia e por terceiros, que não são do conhecimento público, porque não é nossa prática divulgar este tipo de episódios na comunicação social, nem fazer julgamentos em praça pública. Protegemos sempre todos os nossos colaboradores, dentro do admissível e das boas práticas”, pode ler-se no comunicado.
“O somatório destes acontecimentos e a gravidade deste último não nos deixou outra alternativa. Todos os envolvidos sabem e podem testemunhar que houve várias iniciativas para o diálogo e resolução construtiva dos problemas. Estão registadas e serão divulgadas em sede própria. Reiteramos que tudo fizemos para evitar este desfecho, da suspensão, mas infelizmente não podemos compactuar com mais uma conduta agressiva de difamação, a acumular a todas as outras situações impróprias, que põem em causa o bom nome da instituição e dos seus colaboradores, e do trabalho que a Misericórdia tem levado a cabo, e muito menos do propósito que é o da Misericórdia e dos valores e princípios que a devem reger”, acrescenta.
“Não está em causa o apreço pelo trabalho que o diretor do Museu desenvolveu ao longo destes anos, em prol da cultura, tendo sido esse trabalho sempre apoiado pela Misericórdia. Importa referir, também, que não trabalhou sozinho. Estamos gratos a todos os colaboradores, voluntários e amigos da cultura que desenvolveram, em conjunto, o Museu do Traje, e a todas as entidades que o apoiaram, ao longo destes anos”, refere.
A Mesa Administrativa afirma que “o funcionamento do Museu foi sempre garantido. Há quase dois meses foi nomeada interinamente a Dra. Vânia Mendonça, licenciada e mestre, para dirigir os destinos do Museu do Traje. Hoje podemos afirmar que não houve atividades canceladas, nem diminuição na sua frequência ou diversidade. Pelo contrário, os registos mostram um aumento expressivo no número de visitantes e, além disso, há uma maior motivação da equipa para o trabalho que está pela frente. Os colaboradores, voluntários e Amigos do Museu estão mais empenhados no presente e no futuro do Museu, há uma energia renovada”.
“O Museu do Traje tem futuro, continuará a ser assegurado pela Misericórdia, tal como foi a sua construção e desenvolvimento no passado, e continuará a contar com o apoio de diversas entidades, o que sempre foi devidamente respeitado”, destaca.
“Aos que perguntam que dirigentes somos nós, respondemos: somos uma equipa séria e honesta, de profissionais, mas acima de tudo pessoas, de valores e pela verdade, que trabalham com responsabilidade, rigor e transparência. Trabalhamos na nossa terra, para os nossos conterrâneos e para quem mais precisa, desenvolvendo um trabalho ímpar nesta comunidade”, declara a Mesa Administrativa.
“A Misericórdia de São Brás tem seis diretores técnicos que gerem 13 respostas sociais. Connosco estão empenhados e dedicados mais de 100 colaboradores e servimos todos os dias mais de 450 utentes na área social. Todos merecem muito respeito. Com verdade, vamos enfrentar o futuro”, vinca.
“Garantidamente o Museu do Traje tem futuro e será ainda melhor, porque o trabalho de equipa e em harmonia traz sempre o melhor”, conclui.
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