O fenómeno não é raro e no final do mês de agosto já tinham sido muitos os que se mostraram surpreendidos ao ver que as ruas de algumas localidades algarvias estavam inundadas, mesmo sem ter chovido. Cerca de um mês depois, o cenário volta a repetir-se e houve quem tivesse de tirar os sapatos para circular em algumas zonas do Algarve, como Ferragudo, Tavira, Lagos e Portimão.
Na gíria popular chamam-lhes “marés vivas” e são estas as culpadas das pequenas inundações que se verificam em algumas zonas ribeirinhas do Algarve. Na verdade, o fenómeno acontece quando a maré enche mais do que é habitual e a águas do rio Gilão e do Arade, por exemplo, transbordam os muros que as delimitam.
Explica a ciência que a lua tem influência nas marés e esta acontece devido à força gravitacional que a lua exerce sobre a Terra. A Lua exerce uma força de atração tanto na Terra como na água dos oceanos. Essa força de atração é maior no lado da Terra que está mais próximo da lua, o que causa um deslocamento da água na direção da lua, formando uma elevação na superfície dos oceanos conhecida como maré alta.
Também o sol exerce uma força de atração nas marés, embora com menor intensidade por estar mais longe da Terra. Assim, nos períodos de lua cheia e lua nova, em que a lua, o sol e a Terra estão alinhados, ocorrem as chamadas marés grandes. Nestas alturas, a maré desce mais do que o comum e também sobe mais do que o habitual.
Uma vez que na última quarta-feira, dia 18, a lua estava cheia, as marés também estavam maiores do que o habitual e foi por isso que as águas do mar e dos rios inundaram as ruas de algumas localidades algarvias, tal como avançou o Algarve Marafado.
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