A Praia da Rocha vai receber atletas de todo o mundo, de 14 a 19 de outubro, naquela que será a primeira edição de um Mundial de Clubes de Ultimate Frisbee de Praia. A jogar em casa, vão estar os Ultimate Frisbee Algarve (UFA), liderados por Pedro Vargas, que é também o selecionador nacional. Juntamente com mais três equipas portuguesas, o objetivo é que “este seja um momento que ajude no crescimento da modalidade em Portugal”.
Depois de se terem tornado vice-campeões europeus de clubes, os UFA vão competir na divisão mista e vão mesmo estar no jogo inaugural do mundial, agendado para as 10:30 de segunda-feira, dia 14. “Somos os atuais vice-campeões europeus de clubes e, a nível de seleções, temos vários top-4 ao longo das duas últimas décadas, tanto em campeonatos do mundo como em europeus, sobretudo na divisão mista. Considerando os cerca de 250 praticantes no país e o número de anos de existência, considero que o nível competitivo é relativamente alto”, sublinha Pedro Vargas.
Por ser uma modalidade em crescimento e com caraterísticas distintivas é ainda desconhecida por muitos. “Temos cinco elementos em cada equipa e um campo de 75 metros de comprimento por 25 de largura, uma estrutura semelhante a um campo de futebol americano, e o objetivo é haver um elemento que consiga receber o disco dentro de uma zona de ensaio. De cada vez que isso acontece, a equipa faz um ponto”, explica o treinador dos UFA e também selecionador nacional.
“É uma modalidade auto arbitrada, são os próprios jogadores, com o conhecimento das regras, que gerem o jogo e chamam as faltas. Quando existe alguma dificuldade em chegar a um entendimento, o disco volta atrás até à última jogada válida. Isto torna o Ultimate uma modalidade com uma componente pedagógica e de fair play muito importante”, acrescenta ainda Pedro Vargas.
Atualmente, está a ser preparada a integração do Ultimate no Programa Nacional de Desporto Escolar e, em breve, poderá também ser considerado desporto olímpico. Dois fatores que devem atrair mais praticantes. E, por isso, o selecionador nacional explica como ser um bom jogador: “Para ser um bom jogador é fundamental, até pelas caraterísticas da superfície e dimensões do campo, uma boa condição física, até porque é uma modalidade muito exigente, de trabalho e de velocidade e, como é possível fazer substituições ilimitadas entre cada ponto, significa também que a intensidade é muito alta”.
Com a fase de preparação praticamente fechada, os Ultimate Frisbee Algarve querem fazer valer o fator casa neste mundial e prometem “lutar pela vitória em todos os jogos disputados”.
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