O recluso em liberdade condicional que agrediu uma técnica de reinserção dos serviços prisionais foi esta quinta-feira detido por ofensas à integridade física qualificada e dano qualificado, disse à agência Lusa fonte da PSP.
A mesma fonte adiantou que o agressor foi detido cerca das 12:00 e que a PSP vai passar o caso à autoridade judiciária competente.
De acorco com comunicado enviado às redações pelo Comando Distrital da PSP de Faro, “o detido tem vários antecedentes criminais violentos, tendo sido condenado por diversos crimes e cumprido várias penas de prisão por crimes de violação, violência doméstica, ameaças agravadas, injúrias agravadas, ofensas à integridade física grave e roubo, encontrando-se nesta altura em situação de liberdade condicional desde 2 de setembro de 2024”.
Segundo fonte do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (STDGRSP), que acompanha o caso, o detido estaria a dirigir-se à delegação regional de reinserção social de Faro, onde tinha agredido a técnica um dia antes e onde tinha combinado um encontro com um outro membro da equipa de reinserção.
Na quarta-feira, uma técnica de reinserção dos serviços prisionais foi agredida, em Faro, por um recluso em liberdade condicional que, depois de tentar agredir outros funcionários, se colocou em fuga.
A técnica agredida teve de receber tratamento hospitalar.
Segundo disse esta manhã o presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (STDGRSP), Miguel Gonçalves, o homem, “muito violento e agressivo”, entrou na delegação regional de reinserção social de Faro arrombando a porta da entrada com um pé de cabra, agrediu a técnica na perna e tentou agredir a coordenadora na cabeça, mas não acertou.
O representante dos trabalhadores reiterou que estes serviços necessitam “urgentemente” de segurança e recordou que, no mês passado, houve uma agressão idêntica em Évora.
“Somos técnico mal pagos e agora ainda nos sujeitamos a ser espancados”, ironizou Miguel Gonçalves.
O sindicato voltou a “lamentar a inércia” da DGRSP e acusou o organismo de “desconhecer por completo a realidade dos serviços, tomando decisões tardias” e limitando-se a “reagir sem qualquer proatividade”.
Segundo a organização de defesa dos trabalhadores, o agressor estava em liberdade condicional a cumprir o final de uma pena, que não foi a única, por crime de agressão doméstica.
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais é o organismo responsável pela prevenção criminal, execução de penas, reinserção social e gestão dos sistemas tutelar educativo e prisional.
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