A Câmara de Albufeira iniciou esta quarta-feira a construção de uma infraestrutura para drenar as águas pluviais e minimizar os problemas causados por inundações, principalmente na zona baixa da cidade, anunciou a autarquia.
“Esta é uma obra estruturante e de enorme complexidade, com forte impacto sobre pessoas e bens, bem como ao nível de alterações na própria natureza, como foi o caso das cheias de 01 de novembro de 2015, cenário que não queremos ver repetido”, sublinhou o presidente da autarquia, José Carlos Rolo, citado num comunicado.
De acordo com a nota, trata-se de uma infraestrutura realizada ao abrigo do Plano Geral de Drenagem de Albufeira e cujo investimento é na ordem dos dois milhões de euros, com o objetivo de evitar a afluência de elevados caudais à zona baixa da cidade.
A obra contempla um conjunto de intervenções “estruturantes e complementares”, destinadas a minimizar os problemas decorrentes de inundações das bacias das ribeiras de Albufeira e do Inatel, com particular relevância na zona baixa da cidade.
A construção da estrutura irá afetar o trânsito na Avenida do Ténis e arruamentos adjacentes, implicando o seu condicionamento e cortes, sempre que necessário, lê-se na nota.
O autarca sublinha, ainda, que a construção do coletor de meia encosta poente vai permitir a remodelação de infraestruturas, que “neste momento já se encontram obsoletas”, nas áreas do abastecimento de água, saneamento e iluminação pública e, sobretudo, diminuir o risco de alagamento e destruição por inundação das zonas baixas da cidade.
A obra integra o Plano Geral de Drenagem de Albufeira, um investimento no valor global de 21 milhões de euros, de que fazem parte a futura construção de um novo túnel, coletores urbanos a nascente, ainda por construir, e a poente, obra que teve agora início.
O coletor de meia encosta poente é uma infraestrutura de drenagem pluvial, na zona do Cerro Grande, que tem por objetivo evitar a afluência de elevados caudais à zona baixa da cidade de Albufeira.
A intervenção desenvolve-se ao longo da Avenida do Ténis até ao miradouro na Coronel Águas, permitindo recolher o caudal a montante da Marina, que atualmente aflui por escoamento superficial à baixa da cidade.
Os trabalhos previstos incluem a instalação de todos os equipamentos, estruturas, movimentação de terras, construção civil, fornecimento, montagem e ensaio dos equipamentos eletromecânicos e execução de redes técnicas (água, drenagem, rede elétrica e de telecomunicações, entre outras).
As obras incluem a execução de coletores de betão armado com diâmetro de 800 milímetros (mm), numa extensão de 93 metros, coletores de betão armado com diâmetro de 1000 mm, numa extensão de 369 metros, coletores de betão armado com diâmetro de 1.200 mm, numa extensão de 20 metros e a construção de sumidouros para reforço da captação do escoamento superficial.
Os trabalhos também irão permitir instalar um descarregador em degraus com desnível altimétrico de 27 metros ao longo de 31,2 metros de desenvolvimento na horizontal e uma bacia de dissipação de energia.
Para minimizar os inconvenientes a automobilistas, peões e a quem reside na zona, a obra vai ser executada em quatro fases.
A primeira fase vai incidir sobre a zona norte da Avenida do Ténis, a segunda na zona sul da Avenida do Ténis, a terceira abrange a zona a meio da Rua Coronel Águas e a quarta o troço sudoeste da Rua Coronel Águas, bem como os arruamentos adjacentes às zonas intervencionadas em todas as fases.
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