Os trabalhadores da Pastelaria e Croissanteria Gardy, em Faro, estão a passar grandes dificuldades devido por não receberem salários desde outubro.
Segundo denuncia o Sindicato da Hotelaria do Algarve, “além dos salários estão também por pagar os subsídios de férias e de Natal do ano passado, entre outros incumprimentos, como o pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200% e do abono para falhas”.
Os trabalhadores estiveram reunidos com o sindicato esta quarta-feira à porta do estabelecimento para analisar a situação e as medidas a tomar, tendo o sindicato enviado um pedido de esclarecimento à empresa que aindanão obteve resposta.
Os trabalhadores decidiram “esperar mais uns dias para ver se há alguma resposta e fazer uma nova reunião na próxima segunda-feira para avaliar a situação”. Entretanto, no seguimento do pedido de esclarecimento enviado pelo sindicato, “alguns trabalhadores receberem na conta bancária alguns valores que variam entre os 75 e os 200 euros”.
O sindicato alerta que “esta situação está a empurrar estes trabalhadores para uma situação de carência total de meios para fazer face às suas necessidades mais básicas, havendo já pagamento de rendas em atraso e enormes dificuldades de alimentação”.
Ao que o sindicato apurou junto dos trabalhadores, “o patrão não terá recorrido às ajudas do Estado para fazer face à actual situação de confinamento e encerramento obrigatório da restauração imposto pelo Governo”.
O sindicato já fez um pedido de intervenção inspectiva à Autoridade para as Condições do Trabalho e reforça que “não está indiferente à actual situação de saúde pública e aos impactos que as medidas desproporcionais e insuficientes do Presidente da República e do Governo estão a ter no sector do Turismo, mas não esquecemos os “anos de ouro” em que os patrões do sector viram os proveitos e os lucros aumentar exponencialmente, período durante o qual os trabalhadores do sector viram os seus direitos postos em causa e o seu poder de compra diminui.”
O Sindicato da Hotelaria do Algarve exige “a regularização urgente da situação e reafirma a sua total disponibilidade para dar todo o apoio possível aos trabalhadores”.
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve