O ministro das Finanças, João Leão, afastou esta quinta-feira qualquer necessidade de aumentar os impostos ou implementar medidas de austeridade para sair da crise pandémica.
“Estamos em condições de enfrentar esta crise de forma muito diferente daquela com que o país enfrentou crises anteriores. Sem receio de austeridade, sem receio de ter de aumentar os impostos para pagar os efeitos da crise”, disse aos jornalistas à saída do conselho de ministros que aprovou o Programa de Estabilidade para 2021-2025.
O ministro das Finanças espera uma “forte recuperação” da economia portuguesa graças ao “forte impulso” dos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Este terá um impacto económico de €22 mil milhões na atividade económica até 2025.
João Leão aludiu ao excedente atingido em 2019 para lembrar como “antes da pandemia, conseguimos pôr as contas públicas em ordem e atingir o primeiro excedente da democracia”.
“Isto deu-nos condições para enfrentar esta crise com confiança e com um programa muito forte de recuperação económica”, explicou João Leão. O governante conta até com um aumento de 7% nas despesas relacionadas com o relançamento da atividade económica.
“O Governo estará apostado no relançamento do investimento público e do investimento privado e não terá preocupação de implementar austeridade porque não tem essa necessidade”, conclui João Leão.