O Algarve conta com 560 projetos do setor da pesca, transformação e aquicultura aprovados pelo Programa Operacional MAR2020, que representam 75 milhões de investimento total, 57 dos quais de financiamento comunitário, anunciou a Direção Regional de Agricultura e Pescas.
Na qualidade de entidade gestora do Programa Operacional (PO) Mar (MAR2020), a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Algarve revelou que estes 560 projetos foram “contratados até janeiro de 2021” e colocam a região com ”25% do total de aprovações” a nível nacional.
“Encontram-se aprovados no programa MAR2020, 5.130 projetos a nível nacional, que envolvem 690 milhões de euros de investimento no setor das pescas, da transformação e da aquicultura e dos quais estão já executados 320 milhões de euros, segundo informação divulgada pela entidade gestora”, referiu a DRAP Algarve num comunicado.
A mesma fonte adiantou que, no Algarve, os 560 projetos contratados até janeiro de 2021 representam “um investimento de 75 milhões de euros, alavancado por 57 milhões de euros de apoio público”, o que posiciona a região “com 25% do total de aprovações”.
“Dos projetos aprovados e em execução até ao momento, a DRAP Algarve destaca o investimento feito na área da Aquicultura, que conta com 142 projetos na região e envolve um montante elegível de 34 milhões de euros”, precisou a direção regional algarvia.
O organismo público regional indicou ainda que, entre os 34 milhões de euros de montante elegível, “21 milhões dizem respeito a Investimentos Produtivos e oito milhões de euros a Investimentos em Inovação, Gestão e Aconselhamento”.
“Aos tradicionais projetos de aquicultura desenvolvidos nas rias Formosa e Alvor, vêm agora também juntar-se os desenvolvidos através de estruturas instaladas em Sagres, Portimão e Olhão, por enquanto sobretudo dedicadas ao cultivo de mexilhão e ostra, mas também com grande potencial para a produção de peixes”, acrescentou a DRAP Algarve.
Há também uma “maior representação” de projetos que têm por objetivo promover “uma pesca ambientalmente sustentável, eficiente em termos de recursos, inovadora, competitiva e baseada no conhecimento”, realçou o organismo.
A DRAP Algarve adiantou que foram destinados seis milhões de euros a “investimentos em portos, locais de desembarque, lotas e abrigos” e frisou que, só no que se refere à empresa Docapesca, que faz a gestão dos portos portugueses, “executaram-se 27 projetos, distribuídos por 10 [dos 16] concelhos” que integram o distrito de Faro.
No que respeita a “investimentos a bordo/modernização das embarcações”, foram realizados investimentos de “2,5 milhões de euros, que contam com um apoio público de 1,5 milhões, num total de 53 projetos”, exemplificou ainda a mesma fonte.
Foram também aprovados, segundo a DRAP, “24 projetos com 20,5 milhões de euros de investimento” global e “apoio público de 10,5 milhões” para “Promoção, Transformação e Comercialização” e “33 projetos de Apoio ao Desenvolvimento Local, acompanhados pelos dois Grupos de Ação Local” do Algarve, “um a sotavento e outro a barlavento e que envolvem um montante de seis milhões de euros de investimento elegível e 3,8 milhões de despesa pública”.
“Para além destes foram também aprovadas 358 candidaturas destinadas à Compensação por Cessações Temporárias das atividades e perdas de rendimento, que refletem numa despesa pública de 7,5 milhões de euros”, referiu ainda a direção regional algarvia.