Os centros comerciais MAR Shopping Algarve e MAR Shopping Matosinhos, pertencentes à Ingka Centres, reforçaram no ano passado as metas ambientais do Grupo rumo ao desafio de neutralidade carbónica até 2030. Eficiência energética, gestão da água e dos resíduos são alguns dos pontos em que os dois centros comerciais têm vindo a ser mais bem-sucedidos.
Para breve, está prevista a instalação de centrais fotovoltaicas em ambos, os quais, no entanto, já consomem energia 100% renovável. Uma política que valeu aos dois centros comerciais certificações BREEAM.
“Um dos objetivos da Ingka Centres era que, este ano, todos os seus centros comerciais, distribuídos por 45 localizações em 15 países, já dispusessem de certificação BREEAM, o principal e mais credível método mundial de análise de sustentabilidade, aplicado ao planeamento de projetos, infraestruturas e edifícios”, indica em comunicado a Ingka Centres.
O BREEAM avalia os empreendimentos em três categorias – “Nova Construção”, “Em Uso” e “Remodelação”, correspondendo estas às diversas fases de conceção e uso dos edifícios.
Os centros Ingka que surgiram depois de 2016, como é o caso do MAR Shopping Algarve, foram já projetados e construídos de acordo com os critérios para a obtenção do certificado na categoria “Nova Construção”, distinção de que o espaço de Loulé dispõe.
Recentemente, ambos os centros comerciais conquistaram o BREEAM na categoria “Em Uso”, tendo o MAR Shopping Algarve, com mais de quatro anos, obtido as classificações de “Excelente” e “Excecional” nos âmbitos de performance e gestão do edifício, respetivamente, e o MAR Shopping Matosinhos, com mais de 12, obtido a de “Muito Bom”.
A certificação BREEAM “Nova Construção” monitoriza o desempenho sustentável dos edifícios nas fases de projeto e construção, e a de “Em Uso” mede o mesmo parâmetro, que incluem as características do edifício e os procedimentos de gestão do mesmo.
As áreas em que o MAR Shopping Algarve obteve melhores classificações (acima de 50%) para a obtenção da certificação “Nova Construção” foi em “Energia” (88%), “Água” (56%) e “Uso do Solo e Ecologia” (70%). Já, no âmbito da certificação “Em Uso”, a performance do edifício obteve classificações acima de 50% em todos os parâmetros analisados, nomeadamente “Saúde e Bem-Estar” (78,8%), Energia (70,1%), “Transportes” (55,6%), “Água” (97,5%), “Materiais” (92,3%), “Lixo” (100%), “Uso do Solo e Ecologia” (66,7%) e “Poluição” (77,3%). Em termos de gestão do edifício, as classificações foram ainda melhores: “Gestão” (84,8%), “Saúde e Bem-Estar” (94,6%), Energia (73,3%), “Água” (88,5%), “Materiais” (90%), “Uso do Solo e Ecologia” (100%) e “Poluição” (91,7%).
“No caso do MAR Shopping Algarve, como é muito recente e contruído já sob as premissas do BREEAM ‘Nova Construção’, verifica-se o cumprimento desde a abertura de uma série de requisitos de sustentabilidade. Por exemplo, os equipamentos de distribuição de água são de baixo consumo, os consumos são monitorizados por local para estarmos mais cientes de onde havemos de intervir em caso de fuga de água ou falha do equipamento, e fazemos o aproveitamento da chuva”, antecipa Ana Antunes, diretora do MAR Shopping Algarve.
Face a 2019, o centro comercial de Loulé poupou 36% no consumo de água no ano passado, prevendo-se poupanças superiores assim que ficarem resolvidas algumas fugas na rede de rega, possuindo este centro comercial uma área verde que se estende ao longo de 8.000 m2 de área de lazer ao ar livre.
A nível energético, o MAR Shopping Algarve dispõe apenas de iluminação LED, tendo na sua conceção privilegiado uma arquitetura e opções de materiais que aumentam a incidência de luz natural sobre o centro, reduzindo, assim, as necessidades de consumo de eletricidade. “Neste momento, estamos a trabalhar numa melhoria da produção e distribuição de água climatizada, com vista a reduzir os consumos de pico dos equipamentos e aumentar a vida útil dos mesmos”, revela Ana Antunes. Mesmo assim, no ano passado, a fatura de eletricidade reduziu em 12%.
No ano passado, o centro comercial de Loulé reciclou 69% dos resíduos produzidos na operação, mais 23% que em 2019. Em ambos os anos, nenhum resíduo foi mandado para aterro.