Depois de um ano marcado pela pandemia, a Infraestruturas de Portugal (IP) deverá registar prejuízos, “pela primeira vez na história”. Em entrevista ao “Jornal de Negócios”, António Laranjo, presidente da IP, adiantou que, apesar do registo negativo, foi aumentado o investimento na manutenção e conservação nas redes rodoviárias e ferroviárias.
Um dos problemas a enfrentar este ano é a proposta aprovada, contra a vontade do PS, para a introdução de um desconto de 50% nas portagens de várias autoestradas. A acontecer, esta medida “tem um impacto nas receitas de cerca de 200 milhões”, adiantou António Laranjo. O presidente da IP explicou que a empresa tem quatro fontes de receita, sendo essas quatro componentes que compensam os custos de “toda a despesa operacional”.
“Se uma destas receitas é retirada do conjunto de contribuintes que utilizam as autoestradas e que as paga, ela vai ter de vir do bolso de todos os outros contribuintes portugueses porque terá de vir do OE de outra forma“, alertou António Laranjo. Ou seja, “se a IP não receber esses 200 milhões por via das portagens, vai ter de os receber de outra forma”.
“Eu não tenho onde ir tirar 200 milhões de euros das despesas para compensar a falta de receitas de portagem que venham a ser feitas”, sublinhou.
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