É oficial: o Reino Unido retirou Portugal da lista vermelha de viagens esta sexta-feira, deixando o país de ser considerado dos mais perigosos a nível de contágios de covid para os britânicos.
Quem quiser viajar entre Portugal e o Reino Unido deixa assim de ficar obrigado a passar um período de dez dias quarentena num hotel em solo britânico, às suas custas, o que por pessoa pode rondar os 2 mil euros.
As pessoas que se deslocarem entre os dois países continuam a ter de fazer quarentenas em casa em território britânico, permanecendo suspensas até ao final do mês as ligações aéreas entre Portugal e o Reino Unido, exceto para viagens por motivos essenciais, voos de repatriamento ou de caráter humanitário. Os viajantes terão ainda de realizar testes à covid no segundo e no oitavo dia à chegada ao Reino Unido.
A decisão do Reino Unido de retirar Portugal da lista vermelha de viagens a partir desta sexta-feira, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, e também à semelhança das ilhas Maurícias, já tinha sido anunciada pelo Governo de Boris Johnson, num comunicado em que o executivo frisa que tal decorreu “no seguimento de provas que mostram que o risco de importação uma variante [da covid-19] destes destinos se reduziu”. “Portugal deu passos de modo a mitigar o risco das suas ligações com países onde variantes se tornaram uma preocupação”, frisa-se.
Esta sexta-feira, ao remover Portugal e as Maurícias, o Reino Unido também acrescentou novos países à sua lista vermelha de viagens: Etiópia, Somália, Qatar e Omã.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, também fez esta semana declarações à rádio BBC anunciando que os turistas britânicos podem entrar em Portugal a partir de 17 de maio, em condições “simples e agéis”.
Para os hotéis do Algarve, estas declarações “não significam nada”, uma vez que permanecem restrições do lado do Reino Unido e faltam resolver questões associadas ao retomar do transporte aéreo. A região espera este ano outro verão à base de turismo interno, com alguma retoma de estrangeiros só a partir de final de setembro, altura em que se prevê que, em Portugal, 70% da população fique vacinada contra a covid, condição essencial para dar garantias do destino ser seguro.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso