O mês de abri fechou com 423.888 desempregados inscritos nos centros de emprego nacionais, marcando aquele que é o primeiro recuo do desemprego registado desde dezembro de 2020, sinalizam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). O número de desempregados inscritos recuou 2,1% em cadeia, ou sejam face ao mês de março, totalizando menos 8.963 pessoas. Mas apesar deste sinal positivo, o desemprego registado continua 8% acima do período homólogo. Estavam registadas como desempregados em abril mais 31.565 pessoas do que no mesmo mês de 2020.
No quarto mês do ano e tendo como referência o mês anterior, o desemprego registado recuou em todas as regiões do país. As reduções mais expressivas foram registadas no Alentejo (-4,7%) e no Algarve (-3,5%). Já em termos homólogos, o desemprego registado mantém a trajetória de agravamento na generalidade do território nacional, sendo mais pronunciado na região da Madeira (+22,8%), Algarve (+22,3%) e de Lisboa e Vale do Tejo (+15,8%). As únicas duas exceções a esta subida homóloga foram o Alentejo e o Centro que em abril viram o número de desempregados inscritos nos centros de emprego descer, respetivamente, 6% e 1,2% face a 2020.
Para o aumento homólogo do desemprego registado, variação absoluta, assinala o IEFP, “contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há um ano ou mais, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”.
Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no Continente, o IEFP realça que os mais representativos foram, por ordem decrescente, os “Trabalhadores não qualificados“ (25,4%); “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (23,6%); “Pessoal Administrativo” (11,5%); “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (9,8%)”e “Especialistas das atividades intelectuais e científicas”(9,5%).
“Relativamente ao mês homólogo de 2020 (excluindo os grupos com pouca representatividade, ou significado, no desemprego registado), o grupo “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (+20,,4%) apresentou a mais expressiva subida percentual do desemprego, seguido dos grupos “Representantes do poder legislativo, órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores sociais”(+16,2%) e “Técnicos e profissões de nível intermédio(+9,3%)”, destaca o instituto de emprego.
OFERTAS AUMENTAM E COLOCAÇÕES TAMBÉM
Ao longo do mês de abril, inscreveram-se nos serviços públicos de emprego nacionais 37.249 desempregados, uma redução homóloga de 43,2% (menos 28.293 indivíduos) e de 13,6% (menos 5.865) em cadeia, ou seja, comparando com março deste ano. As ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês totalizaram 12.906, uma subida homóloga de 310,8% e de 7,1% em cadeia. Os centros de emprego nacionais captaram em abril 9.764 ofertas do que no mesmo mês do ano passado e mais 7,1% (mais 856) do que em março último.
“As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do Continente), por ordem decrescente, foram as seguintes: “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (18,8%), “Alojamento, restauração e similares”(16,7%) e “Comércio por grosso e a retalho”(12,8%)”, sinaliza o IEFP.
Já as colocações realizadas durante o mês de abril de 2021 totalizaram 7.848 em todo o País. O número é superior ao verificado em igual período de 2020 (+5.517; +236,7%) e em relação ao mês anterior(+949; +13,8%). A análise das colocações por grupos de profissões (excluindo os dados das regiões autónomas), mostra uma maior concentração nos “Trabalhadores não qualificados”(32,0%), nos “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores”(17,3%) e nos “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”(13,1%).
As ofertas de emprego por satisfazer totalizavam, no final de abril, 16.872. O número espelha um aumento anual de 54,2%, com mais 5.932 a ficarem por preencher, e um aumento mensal de 17,4%, mais 2.501 ofertas em aberto. Em comunicado enviado às redações, o Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social destaca a redução do desemprego registado em abril e sinaliza que nesse mês, “a taxa de cobertura das prestações de desemprego foi de 63,5%, o que compara com 62% em março de 2021 e com 51,9% do mês homólogo”. O gabinete de Ana Mendes Godinho refere ainda que “a taxa de cobertura de medidas ativas de emprego subiu para 21,8%, o que compara com 20,8% em março de 2021 e com 17,1% em março de 2020”
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