A partir de Esgueira, Aveiro, a portuguesa Oli está a mostrar como um simples autoclismo pode inspirar os designers e conquistar prémios internacionais, com o if Design 2021, um galardão comparado ao “Óscar”, incluído.
E o segredo pode ser a simplicidade, em que a criatividade junta um pouco de aço inox e dois cordões para serem puxados numa casa de banho.
“Em casa, no hotel, no restaurante, no hospital ou na sala de espetáculos, a casa de banho está a adquirir uma nova funcionalidade e uma nova estética, e a Oli está na linha da frente das marcas que estão a desenhar essa mudança”, comenta António Ricardo Oliveira, administrador da empresa fundada pelo pai, depois da conquista do prémio internacional com a placa Less is More, do arquiteto italiano Alessio Pinto.
Inspirada na máxima “menos é mais”, de Ludwig Mies van der Rohe, a nova solução fabricada em aço inox substitui os tradicionais botões de descarga de água por dois cordões que remetem para os primeiros mecanismos sanitários da história, mas também permitem perceber de forma intuitiva, sem sinais de mais ou de menos, a escolha certa para uma descarga.
Mas na verdade, o iF Design 2021 é já o segundo prémio internacional que esta placa conquista este ano, depois de ter ganho, em abril, o Red Dot Award.
“Conquistar o IF Design, que é o prémio máximo do design mundial, é a validação do investimento e do trabalho que a Oli tem desenvolvido com o objetivo de, através da combinação da estética e da tecnologia, tornar a casa de banho num lugar de equilíbrio, conforto e bem estar”, diz o administrador.
E, acrescenta, é o reconhecimento da estratégia de “intensificação da sua relação com a arquitetura, através de parcerias com arquitetos de referência como Álvaro Siza Vieira (Prémio Pritzker 1992), Eduardo Souto Moura (Prémio Pritzker 2011), Romano Adolino e, agora, Alessio Pinto, que aplicaram o seu talento na criação de peças únicas que transformam casas de banho em todo o mundo”.
Habituada a exportar 80% da produção para 80 países, a Oli emprega 419 pessoas, trabalha em contínuo para fazer 2 milhões de autoclismos e 2,8 milhões de mecanismos por ano, tem 38 patentes ativas e fechou 2020 com um volume de negócios de 60 milhões de euros.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso