O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje as quebras de 78,3% de hóspedes e 78,2% de dormidas em janeiro e que levaram a quebras de proveitos superiores a 80%.
O INE confirmou os dados que tinham sido avançados na estimativa rápida feita em 01 de março, com o setor do alojamento turístico a registar 308.400 hóspedes e 709.900 dormidas em janeiro, o que corresponde a quebras homólogas de 78,3% e 78,2%, respetivamente e que comparam com os registos de dezembro, com descidas de 71,2% e 72,6%.
No primeiro mês do ano, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico, por sua vez, atingiram 33 milhões de euros no total e 24 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a quebras de 81,2% e 80,8%, respetivamente (-73,9% e -74,4% em dezembro, pela mesma ordem).
A taxa líquida de ocupação-cama (9,4%), por sua vez, recuou 19,7 pontos percentuais (contra a descida de 18,7 pontos percentuais em dezembro).
O mercado interno (peso de 60,1%) contribuiu com 427,0 mil dormidas, o que representou um decréscimo de 60,3% (-54,2% em dezembro).
As dormidas dos mercados externos diminuíram 87,0% (-83,2% no mês anterior) e atingiram 282,9 mil.
Em janeiro, 54% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (52,3% em dezembro).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em sete euros em janeiro, refletindo uma diminuição de 71,9% (-63,6% em dezembro).
O rendimento médio por quarto ocupado, por sua vez, atingiu 54,6 euros em janeiro, o que se traduziu numa variação de -19,8% (-14,3% em dezembro).
Em janeiro de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 332,0 mil hóspedes e 849,6 mil dormidas, correspondendo a variações de -77,7% e -75,9%, respetivamente (-70,4% e -70,3% em dezembro, pela mesma ordem).
Todas as regiões, segundo os dados do INE, registaram decréscimos expressivos das dormidas, superiores a 50%, verificando-se as menores diminuições no Alentejo (-59,3%) e Centro (-69,3%) e as maiores reduções na Área Metropolitana de Lisboa (-81,9%), Madeira (-81,2%) e Algarve (-80,6%).
A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 27,5% das dormidas, seguindo-se o Norte (19,4%) e o Algarve (15,3%).
Em janeiro, todas as regiões apresentaram decréscimo no número de dormidas de residentes, tendo as menores reduções sido registadas no Alentejo (-54,9%) e Madeira (-56,1%).
Neste mês, as dormidas de não residentes diminuíram 68,9% no Alentejo enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 80%, sinaliza o INE.
Portugal está em confinamento desde 15 de janeiro e, dois meses depois, inicia hoje a primeira fase de desconfinamento, com a abertura de creches, ensino pré-escolar e escolas do primeiro ciclo do básico, sendo reaberto ainda o comércio ao postigo e estabelecimentos de estética como cabeleireiros.