Entre janeiro e agosto de 2021, o concelho de Albufeira representou 11% do total de dormidas turísticas do país, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Os 2,2 milhões de dormidas no concelho algarvio ficaram acima de outro município de grande magnetismo turístico – o de Lisboa – que teve 2 milhões de dormidas, ou 10,1% do total.
Foram os portugueses quem acorreu a Albufeira em substituição dos turistas internacionais e que fizeram com que o número de dormidas aumentasse 12,1% face a 2020. Nos primeiros oito meses do ano, as dormidas de residentes em Portugal tiveram um peso de 60,6% no total, tendo crescido 39,4% face a 2020.
A queda das dormidas de não-residentes, em comparação com os primeiros oito meses de 2019, o último período comparável pré-pandemia, é de 81,5% no concelho, o que dá uma ideia do impacto que o desaparecimento dos turistas estrangeiros do Algarve, como os britânicos e os holandeses, teve no setor na região.
O município do Funchal representou 6,5% das dormidas no mesmo período, tendo as referentes a residentes mais do que duplicado face a 2020, numa subida de 147,6%.
No conjunto do país, nos primeiros oito meses do ano registaram-se 8,8 milhões de hóspedes e 23,9 milhões de dormidas em todos os meios de alojamento, quer o tradicional, que inclui hotéis e apartamentos, quer parques de campismo, colónias de férias e pousadas da juventude. A subida, face ao período homólogo, foi de 8,1% no número de hóspedes e de 11,8% nas dormidas.
Alojamento turístico com mais 35,6% de hóspedes e 47,6% de dormidas em agosto
O setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas em agosto, subidas homólogas de 35,6% e 47,6%, tendo as dormidas de residentes atingido um máximo histórico, divulgou hoje o INE.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), “os níveis atingidos em agosto de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em agosto de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 23,6% e 22,1%, respetivamente”.
Em agosto, o mercado interno contribuiu com 4,2 milhões de dormidas, “o valor mensal mais elevado desde que há registos”, e aumentou 24,2%. Já os mercados externos cresceram 94,5% e totalizaram 3,3 milhões de dormidas.
Face a agosto de 2019, observa-se um crescimento de 22,6% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 46,9% nas dormidas de não residentes.
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, verificou-se um aumento homólogo de 11,8% das dormidas totais, resultante de uma subida de 29,1% nos residentes e uma descida de 6,4% nos não residentes.
Comparando com o mesmo período de 2019, contudo, as dormidas diminuíram 58,4% (-18,9% nos residentes e -75,6% nos não residentes).
Segundo o INE, em agosto, 16,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (20,4% em julho).
Por regiões, no mês em análise, o Algarve concentrou 36,7% das dormidas, seguido da Área Metropolitana (AM) de Lisboa (15,7%), do Norte (15,2%) e do Centro (12,2%).
Nos primeiros oito meses do ano, registaram-se diminuições no número de dormidas na AM Lisboa (-9,9%), enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos, com realce para a evolução apresentada pela Região Autónoma (RA) dos Açores (+95,1%).
Entre janeiro e agosto, as dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, com destaque para as evoluções registadas na RA Madeira (+117,6%), Açores (+99,2%) e Algarve (+38,9%).
Neste período, verificaram-se crescimentos no número de dormidas de não residentes na RA Açores (+87,3%), Alentejo (+5,2%), RA Madeira (+4,9%) e Centro (+3,3%). A maior redução registou-se na AM Lisboa (-24,2%).
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (57,0%) aumentou 14,3 pontos percentuais em agosto (+11,4 pontos percentuais em julho), mas ficou ainda abaixo dos 68,7% de agosto de 2019.
As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Madeira (72,6%), Algarve (68,7%), RA Açores (65,5%) e Alentejo (56,0%), mas em termos de crescimento destacaram-se a Madeira (+43,1 pontos percentuais), Açores (+36,7 pontos percentuais) e AM Lisboa (+18,2 pontos percentuais).
No que se refere aos proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico, em agosto atingiram 515,8 milhões de euros no total e 410,2 milhões de euros relativamente a aposento, o que, face ao mesmo mês de 2019, representa uma quebra de 19,2% dos proveitos totais e de 19,3% nos proveitos relativos a aposento.
Nos primeiros oito meses do ano, os proveitos registaram crescimentos homólogos de 25,0% no total e 27,2% relativos a aposento, mas, face ao mesmo período de 2019, os proveitos totais recuaram 57,1% e os relativos a aposento diminuíram 56,7%.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 71,4 euros em agosto (40,2 euros em julho) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,8 euros (98,7 euros em julho).
Em agosto de 2019, o RevPAR e o ADR foram 84,4 euros e 116,2 euros, respetivamente.
No mês em análise, a taxa de ocupação-quarto foi 61,6%, mais 15,0 pontos percentuais do que em agosto de 2020, mas 11,0 pontos percentuais abaixo do rácio registado em agosto de 2019 (72,6%).
Entre janeiro e agosto de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 8,8 milhões de hóspedes e 23,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 8,1% e 11,8%, respetivamente.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso