O maior presépio do país regressou a Vila Real de Santo António e voltou a bater mais um recorde ao ultrapassar a fasquia das 5.600 figuras.
Para dar vida a esta iniciativa, que este ano atinge “a maioridade”, ao completar a sua 18ª edição, foram necessários “mais de 40 dias e 2.500 horas de trabalho, embora os preparativos já tenham começado há vários meses, mesmo perante a incerteza da pandemia da Covid-19”, explica a autarquia vila-realense.
Como vem sendo habitual, a lista de materiais utilizados na sua construção é extensa e incorpora mais de 20 toneladas de areia, 4 toneladas de pó de pedra, 3000 quilos de cortiça e centenas de adereços.
Todos estes esforços permitiram que o Presépio Gigante chegasse, uma vez mais, à meta dos 230 metros quadrados, ocupando toda a área expositiva do Centro Cultural António Aleixo, com milhares de figuras, muitas feitas de raiz pelos seus autores e outras que podem atingir as várias centenas de euros.
O presépio tem a assinatura de Augusto Rosa e Teresa Marques, dois funcionários autárquicos que contaram com a colaboração de Joaquim Soares e António Bartolomeu.
Para Conceição Cabrita, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, “o Presépio Gigante já faz parte das tradições natalícias do Algarve e é, sem dúvida, um dos eventos âncora do município, reunindo visitantes de todas as idades e de todos os pontos do país”.
“Mesmo em ano de pandemia, não quisemos deixar de dar vida a esta tradição e reunimos todos os esforços não só para colocar a estrutura de pé, mas também para assegurar todas as condições de segurança e higiene para quem visitar o presépio”, acrescenta a autarca.
Em 2020, a estrutura apresenta-se com nova configuração, mas volta a ter peças evocativas da região, nomeadamente a Praça Marquês de Pombal, as antigas cabanas da praia de Monte Gordo, as salinas, as tradicionais noras algarvias, assim como outros monumentos locais.
As mais de 80 peças animadas e motorizadas, os quatro lagos e a iluminação cénica constituem “o segredo” do evento e são, simultaneamente, alguns dos pontos mais atrativos. Tudo isto assenta numa complexa base de suporte onde estão instalados os vários quilómetros de cabos que permitem dar vida a esta obra de arte e garantem, por exemplo, a circulação da água, a iluminação das casas e os efeitos cénicos.
Estes elementos juntam-se à reconstituição de muitos episódios cristãos e pagãos associados à quadra natalícia – patentes no presépio – fatores que o distinguem de todos os outros existentes no país e são uma das razões do seu sucesso.
De forma a garantir todas as condições de segurança, este ano o presépio terá pontos de entrada e de saída diferenciados, tendo sido também estabelecida uma lotação máxima para assegurar a distância mínima de dois metros entre visitantes. O uso de máscara será obrigatório, assim como a desinfeção das mãos à entrada.
O Presépio Gigante pode ser visitado até 6 de janeiro de 2021. A entrada tem o valor de 0,50 euros.