Luís Barroso é o homem do leme na candidatura independente do Grupo de Cidadão Eleitores, Lagos com Futuro, que se apresenta pela segunda vez consecutiva às autárquicas no concelho actualmente liderado pelo PS.
Em 2013, sob a designação Grupo de Cidadãos XVIII, Luís Barroso conseguiu um mandato na vereação lacobrigense com 13,46% dos votos e provou que os grupos de cidadãos eleitores conseguem penetrar a apertada malha partidária no acesso aos mandatos autárquicos.
Agora é este mesmo homem que no domingo espera receber a confiança dos eleitores locais pelo trabalho realizado no mandato anterior e ver reforçada a posição do movimento no concelho.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Luís Barroso (LB): Lagos necessita de uma orientação estratégica, com um adequado programa de ação, para o desenvolvimento do Município. Necessitamos de um novo paradigma político, adaptado às mutações dos mercados nacionais e mundiais, que nos obrigue a direcionar no sentido de integrar o ambiente, a economia, o desporto, a cultura, o emprego, o urbanismo, o turismo, o social e demais setores, numa estratégia de cidade. Possuir uma comunicação adequada da nossa imagem de cidade, recetora de turistas, de forma a potenciar o Município para patamares de excelência…, é fundamental. Não desejamos, que nos identifiquem, como uma cidade terceiro-mundo, onde impera a falta de higiene, lixo e sujidade. Queremos ter uma cidade inovadora, moderna, com resposta adequadas aos problemas, que apoia os empresários e as famílias e que se esforça para ser uma excelente anfitriã e que trate os seus cidadãos de braços abertos, com transparência e igualdade.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
LB: O maior problema é o alto endividamento da Autarquia, que ronda (capital e juros) os 100 milhões de euros, que terá um efeito paralisante de dimensão incalculável sobre as futuras administrações camarárias e sobre todos os Lacobrigenses.
Assistimos a decisões políticas, que não concretizaram as reformas estruturais e a reorganização que se impunham. Agravou-se o problema, que exige sacrifícios incomportáveis para as empresas e pessoas, onerando todos os Lacobrigenses, sobretudo as gerações futuras.
Temos uma Câmara Municipal em agonia (por culpa dos seus gestores políticos), sem resiliência, que aceita como fatalidade este destino, que não faz esforços para lutar e vencer as dificuldades presentes e para acreditar num futuro melhor. Não existe uma visão estratégica que permita alterar o rumo da cidade, que a torne proactiva, capaz de potenciar a promoção, a captação, a valorização e a diversificação de investimentos estruturantes, para criarmos riqueza para o Município.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
LB: Porque seremos capazes de desenhar e executar uma estratégia de desenvolvimento para o Concelho que tenha em linha conta as dificuldades financeiras, a desmotivação e a falta de objetivos que se verificam na Câmara de Lagos (por culpa dos gestores políticos) que se adapte ao nosso tempo de globalização, que levando em conta a economia nacional, regional e local, que seja fonte de orientação e de mobilização das populações e das empresas para a criação de riqueza de modo sustentado.
Daremos a conhecer a realidade e falaremos com verdade às populações sobre a real situação do Município. Efetuaremos uma mudança de paradigma de serviço público autárquico necessário para vencer estes tempos de crise.
Realizaremos uma gestão autárquica independente, aberta, participativa, transparente, que valoriza a ética e a responsabilidade, que terá como prioridade implantar, com criatividade e rigor, uma gestão da Câmara Municipal de Lagos de modo a otimizar os recursos humanos e financeiros.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
LB: 1 – Atrair novos investimentos, com a criação do Gabinete Municipal do Investidor, que seja gerador de mais emprego estrutural, e que dinamize a nossa economia reduzindo o peso da sazonalidade;
2- Afirmar Lagos como um centro de modernidade e referência cultural do Algarve;
3 – Dotar as escolas do Concelho de equipamentos informáticos;
4 – Elaborar planos de valorização das praias, de recolha adequada dos lixos, de limpezas urbanas eficientes e de implementação de um programa de prevenção ambiental à população.
5 – Requalificar: a Estrada da Meia Praia; a estrada das quatro estradas até à Luz; os parques de estacionamento junto às praias;
6 – Melhorar os espaços públicos do Concelho e aumentar as zonas verdes;
7 -Defender a causa animal difundindo uma nova visão ética sobre esta temática;
8 – Resolver definitivamente a requalificação da Ponte D. Maria I, que continua a apresentar problemas estruturais nos arcos 1 e 2, e que não permite o atravessamento de veículos com mais de 3,5 toneladas.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
LB: A nível interno e na função Recursos Humanos (as pessoas), realizaremos uma mudança de paradigma, ou seja, a implementação de uma gestão mais próxima de cada funcionário. Para o efeito iremos adotar estratégias adequadas ao nível da formação, satisfação e motivação dos funcionários da Câmara, promovendo o mérito e o sentido da responsabilidade e premiando a competência e a dedicação ao serviço. Realizaremos igualmente uma gestão na Câmara Municipal de Lagos de modo a otimizar os recursos financeiros.
A criação do Gabinete do Investimento irá permitir a criação de emprego estrutural através de novos investimentos. Iremos adotar uma estratégia proactiva, com a participação dos empresários locais, para que o nosso destino turístico, seja ainda mais valorizado e atrativo, melhor preparado para competir e vencer nos diferentes mercados turísticos, conquistando mais visitantes, diminuindo os efeitos da sazonalidade e captando um maior volume de receitas.