Hélder cabrita é o nome do homem escolhido para liderar a coligação Juntos por Aljezur, que une PPD/PSD, CDS-PP e MPT.
O social-democrata vai tentar a 1 de Outubro fazer vingar as suas posições sobre o concelho frente ao actual presidente da Câmara José Amarelinho que se recandidata pelo PS.
Saiba mais sobre o que pensa o líder da coligação de direita para o futuro do concelho.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P):Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Hélder Cabrita (HC): Sendo um “filho” de Aljezur cheguei a uma altura da minha vida em que não posso deixar de responder ao apelo de contribuir de forma mais ativa para a vida do nosso concelho e assim cumprir o dever cívico da participação democrática através da apresentação de uma equipa e de um programa que constituem uma alternativa de confiança ao poder autárquico atual.
Considero que um projeto autárquico está por definição sempre por acabar, mas entendo que no caso Aljezur com todo o potencial que dispõe deveria estar mais adiantado. Apesar de não estarmos localizados no Algarve do grande turismo, não estamos no interior onde o desenvolvimento é mais difícil, pelo que entendi que teria de apresentar um projeto com uma nova visão para o futuro de Aljezur e das suas gentes.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
HC: Não diria problemas, gosto mais de pensar essas situações como desafios e eles são transversais a todas as áreas de intervenção das autarquias.
Desde logo na organização do território e nas restrições que derivam dos instrumentos legais aplicáveis a parte significativa do nosso concelho, nas vias de comunicação que há muito tempo deixaram de dar resposta às necessidades da população e de quem nos visita, na pequena dimensão dos negócios, investimentos e das empresas do concelho que se reflete na falta de empregos.
Por outro lado, nas áreas sociais e da saúde onde as respostas para uma população que está a envelhecer rapidamente, tardam em ser ajustadas às necessidades que já são evidentes há mais de uma década.
No turismo em que tardam as respostas à procura crescente da última década, estacionamentos e acessos às praias são cada vez mais um ponto negativo do produto turismo de Aljezur.
Nas áreas da história, cultura, gastronomia e ambiente que necessitam de um plano integrado de divulgação e promoção, que inclua para além da sinalização, formas de interpretação que permitam que quem visite esses pontos de interesse tenha acesso a toda a informação relevante para que a sua visita não se fique apenas pelas famosas “selfies”.
Haja transmissão de conhecimento e “cultura”, essa será a base para que os visitantes voltem cá e divulguem algo mais do que as nossas lindas paisagens.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
HC: Porque os destinos de Aljezur estão entregues aos Partidos Socialista e Comunista desde as primeiras eleições autárquicas, sendo que parte dos protagonistas se têm mantido nestes últimos 20 anos apesar da mudança de partido na governação da autarquia. Julgo que isso levou a uma governação que está a ver passar os problemas/desafios e tarda em ter iniciativas que façam o concelho avançar e as pessoas tenham as suas condições de vida melhoradas.
Porque a minha candidatura tem uma nova visão para Aljezur, diferente da atual, mais ambiciosa em termos de projetos e ideias, mais aberta à mudança e ao crescimento, em prol da melhoria das condições de vida de todos os cidadãos deste concelho.
Temos um longo e difícil caminho pela frente mas eu e a minha equipa temos capacidade, qualidade e acima de tudo muita vontade, e sabemos que a vontade move montanhas, para implementar esta mudança em prol das pessoas de Aljezur.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
HC: A grande diferença é a aposta forte na economia por via da criação de melhores condições para captar investimentos estruturantes nas áreas da agricultura, turismo e comércio.
Uma mudança de paradigma que nos leve a sair de uma lógica de pequena vila de interior em que a economia gira à volta da Câmara Municipal e que permita que daqui a uma década todos nós, mas em especial os nossos filhos tenham mais oportunidades de trabalho e de condições de vida do que nós tivemos.
Das muitas medidas que temos destaco a Via Atlântica que consiste na remodelação da nacional 120 com alargamento, zonas de ultrapassagem e alteração de traçado em várias zonas e que é uma alternativa realística ao velho sonho do IC Lagos-Sines.
Tem as vantagens de ser mais amigo do ambiente e da paisagem do que o IC com os inúmeros viadutos previstos, nomeadamente na zona de Aljezur, e de ser mais barato o que permite poupar dinheiro para outras obras e projetos para o nosso concelho.
Numa terra de turismo gostaria também de destacar os projetos de praias fluviais e do parque temático de Saberes Tradicionais destinados a alargar o tipo de oferta turística e cultural.
Para a juventude gostaria de disponibilizar durante as férias escolares projetos de formação complementar em áreas como desporto, música, dança, pintura etc.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
HC: A construção da variante de Aljezur e a promoção da instalação de um novo Centro de Dia e Lar para os nossos idosos.
São duas medidas que espelham o estilo da governação nestas duas últimas décadas, em que problemas como estes que há muitos anos aguardam resposta, foram deixados para trás em detrimento de outros projetos.
Não quero ser injusto e dizer que o que foi feito não faz falta, mas para mim e para os restantes elementos da Coligação Juntos por Aljezur os projetos da Variante e do Lar são prioritários e por isso estão no topo das nossas preocupações.