O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, reiterou hoje em Lisboa que vai renunciar ao cargo para dar lugar às novas gerações, para que estas se preparem para defender o país das ameaças à soberania do país.
“Teria saído mais cedo se não fosse a responsabilidade de organizar a cimeira. Depois da cimeira da CPLP [prevista para Julho], ‘bye bye’”, disse Xanana aos jornalistas, quando questionado sobre a sua decisão de abandonar o cargo ainda este ano.
O primeiro-ministro timorense falava à comunicação social na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, depois de uma reunião com o secretário-executivo da organização e antes do lançamento, também nas instalações da comunidade lusófona, do seu livro “Xanana Gusmão e os primeiros 10 anos da construção do Estado timorense”.
Independente desde Maio de 2002, Timor-Leste foi ocupado pela Indonésia três dias depois de se ter tornado independente de Portugal em 1975. Tido pelo poder de Jacarta como a 27ª província indonésia Timor -Leste contou sempre com resistência por parte de milícias lideradas por Xanana Gusmão que a partir do mato sempre se opuseram à ocupação da potência vizinha. O primeiro Presidente da República de Timor-Leste foi exactamente quem sempre lutou pelo país, mesmo nas piores circunstâncias, Xanana Gusmão.
(Com Agência LUSA)