Os detritos que na passada terça feira começaram a dar à costa e a poluir os areais das ilhas-barreira da Ria Formosa foram já eliminados.
Para isso contribuíram as autoridades competentes e um número significativo de voluntários que deitaram mãos à obra.
Após ter sido dado o alerta no dia 3 de Janeiro da chegada à costa da Ilha da Culatra de uma substância poluente, foram activados pela Capitania do Porto e pelo Comando Local da Polícia Marítima de Olhão todos os procedimentos de actuação e investigação.
Paralelamente, iniciou-se também a verificação da existência de óleo da palma nas outras áreas de jurisdição das Capitanias do Departamento Marítimo do Sul, tendo-se concluído que esta substância também se encontrava na Ilha Deserta, na área de jurisdição da Capitania de Faro, bem como na ilha da Armona. Simultaneamente, foi recolhida e enviada uma amostra da substância para a Agência Portuguesa do Ambiente, a fim de se analisar e identificar o produto poluente.
Face à quantidade de substância – cerca de 20 quilómetros nas três ilhas – e uma vez que se encontravam afectadas as áreas de duas capitanias, foi activado o Plano Mar Limpo – Grau 2 de prontidão, que prevê a coordenação da operação ao nível do Chefe do Departamento Marítimo do Sul e o envolvimento de elementos da Marinha e da Autoridade Marítima de todo o Algarve.
A Ilha Deserta ficou livre de poluição no sábado
Ainda na sexta-feira, cerca de 40 elementos da Autoridade Marítima Nacional e Marinha iniciaram a remoção do material poluente junto ao núcleo do Farol, na ilha da Culatra.
Quer os habitantes das ilhas, quer a restante população da região responderam prontamente ao apelo das autoridades no sentido de angariar voluntários que colaborassem nas acções de limpeza e, no sábado, estiveram envolvidas cerca de 100 pessoas, entre as quais cerca de 40 voluntários.
A Ilha Deserta ficou livre de poluição ainda no sábado, o que libertou recursos logísticos e humanos para a Armona, onde as operações de limpeza decorreram este domingo, dia ao longo do qual, graças ao facto de esta ilha não ter sido tão fortemente “castigada” pela poluição, as operações ficaram concluídas.
No domingo, estiveram empenhadas cerca de 150 pessoas nas acções de limpeza, entre as quais cerca de 100 voluntários.
Até ao final desta segunda-feira, estima-se que também a Culatra fique completamente livre de poluição.
Para dar por concluída esta operação, ficará apenas a faltar que os respectivos municípios procedam à remoção dos sacos, contendo o material poluente, o que já aconteceu na Ilha da Armona, onde os Serviços da Ambiolhão procederam de imediato à recolha dos sacos este domingo, que ainda hoje serão depositados em aterro.
A Câmara de Olhão, a Protecção Civil Municipal e a Empresa Municipal Ambiolhão estiveram envolvidas nesta iniciativa de combate à poluição na Ria Formosa.