A Câmara de Vila Real de Santo António vai avançar com a criação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Frente Ribeirinha da cidade, na zona compreendida entre a Docapesca e a Foz do Rio Guadiana, pondo fim à degradação nestes pontos.
Para Luís Gomes, presidente da câmara vila-realense, a medida “permite finalmente dar início à requalificação de uma das áreas mais nobres do município, devolvendo o Rio Guadiana à cidade e pondo fim aos anos de degradação por falta de investimento do Estado e do IPTM nestas matérias”.
“Depois de termos criado a primeira ARU do país no Centro Histórico de Vila Real, cujo êxito da medida permitiu a revitalização urbana e comercial da zona pombalina, vamos agora iniciar uma das maiores operações de requalificação urbana da cidade, permitindo atrair investimento, gerar emprego e desenvolver o sector marítimo-turístico”, prossegue Luís Gomes.
Incentivos para facilitar o investimento e a reabilitação urbana
A implementação da ARU da frente ribeirinha de VRSA atribui à área um conjunto significativo de incentivos para facilitar o investimento e a reabilitação urbana, permitindo aos proprietários de terrenos privados o acesso facilitado a um conjunto de benefícios e incentivos fiscais e financeiros.
De forma a fasear as operações de requalificação, a nova ARU será dividida em cinco unidades de intervenção: zona industrial norte; zona da muralha; porto de recreio; zona habitacional e turística do Lazareto; e zona da Ponta da Areia, junto à foz do Guadiana.
Com estas medidas, pretende-se a deslocalização dos sectores industriais que foram crescendo junto à foz do Guadiana, sediando-os na futura zona industrial norte da cidade. Ao mesmo tempo, prevê-se a reformulação de todo o espaço pedonal, assim como a criação, a sul, de uma zona turística de elevados padrões urbanísticos.
A nova ARU de VRSA foi já aprovada em reunião de Câmara e será agora submetida à Assembleia Municipal, dando origem à criação de uma Operação de Requalificação Urbana para esta área, no prazo de três anos.
Com este conjunto de operações, a autarquia entende estarem criadas as condições para iniciar o desenvolvimento sustentado de todas as potencialidades ambientais, paisagísticas, económicas e turísticas das margens do Rio Guadiana.