A Câmara de Vila Real de Santo António assina, esta quinta-feira, com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), o protocolo de adesão ao programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível”, o qual se destina à recuperação de imóveis antigos que se encontrem degradados.
A medida permite captar financiamento para a reabilitação de edifícios com mais de 30 anos, situados em Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), que após a intervenção se destinem predominantemente a fim habitacional, devendo as fracções habitacionais destinar-se a arrendamento em regime de renda condicionada.
Através desta parceria, a autarquia dá mais um passo importante para promover a regeneração urbana do centro histórico de Vila Real de Santo António e da frente ribeirinha da cidade (áreas já classificadas como ARU), apoiando os proprietários nos processos de licenciamento dos edifícios a requalificar.
Para Luís Gomes, presidente da câmara vila-realense, “este programa representa uma oportunidade estratégica para prosseguir a reabilitação do Centro Histórico de Vila Real, que é hoje um dos mais activos do país em termos comerciais e sobre o qual tem vindo a ser feito um trabalho exemplar em matéria de protecção, recuperação e dinamização”.
“Por outro lado, este desafio corresponde à necessidade de regenerar os centros urbanos, contribuindo para a sua dinamização e valorização económica e facilitando o acesso das famílias do nosso concelho à habitação e ao mercado de arrendamento”, prossegue Luís Gomes.
Podem candidatar-se a este programa pessoas singulares ou colectivas, de natureza privada ou pública, que sejam proprietárias de edifícios, ou parte de edifícios a reabilitar, ou que demonstrem serem titulares de direitos e poderes sobre os mesmos que lhes permitam agir como donos de obra no âmbito de contratos de empreitada.
Podem também ser concedidos empréstimos para a reabilitação de edifícios com mais de 30 anos situados fora da ARU, desde que careçam de obras de conservação integral e sejam constituídos exclusivamente por fracções habitacionais.
Os montantes financiados pelo projecto prevêem um empréstimo até 90% do investimento total da obra de reabilitação e contemplam o financiamento de projectos, obras nas partes comuns do edifício (nomeadamente ao nível dos elementos estruturais, coberturas e fachadas), assim como trabalhos de restauro em edifícios classificados.
O programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível” tem uma dotação inicial de 50 milhões de euros, contando com o apoio financeiro do Banco Europeu de Investimento e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa.