Depois do triste vídeo, publicado pelo POSTAL em 1ª mão, de um jovem a atirar uma trotinete para as águas da Doca de Faro*, importa falar sobre segurança no que toca ao uso das trotinetes da moda.
As trotinetes elétricas chegaram a Portugal em setembro de 2018 como um meio de transporte simples, fácil e ecológico. Mas passados oito meses, ouvem-se queixas relativas à má utilização, ao estacionamento indevido e à falta de segurança.
Mais do que nunca é importante falar de boas práticas. O uso responsável começa na informação. Deixamos-lhe 5 regras de ouro para andar de trotinete elétrica sem se prejudicar a si próprio e respeitando os outros, de acordo com o site ContasConnosco:
1. Cumprir o Código da Estrada. Diz o artigo 112 que as trotinetes estão sujeitas às mesmas normas do que os velocípedes, o que significa que devem cumprir as regras de trânsito e de excesso de velocidade. Podem estar sujeitas a infrações ou penalizações em casos de velocidade excessiva, condução com excesso de álcool ou utilização indevida do telemóvel. O incumprimento pode custar entre 60 e 300 euros de coima ao “condutor”.
2. Circular apenas nas áreas designadas. A trotinete só pode transportar uma pessoa – o condutor – e circular nas áreas designadas, como ruas e ciclovias. Não pode circular em cima dos passeios.
3. Usar capacete. Não há consenso quanto à obrigatoriedade do uso do capacete, mas a questão é mais profunda. Trata-se de segurança, da sua e da dos outros. Algumas trotinetes não estão limitadas à velocidade de 25 km/h, o que numa queda ou acidente, sem qualquer proteção, pode ter consequências graves.
4. Estacionar com regras. Prefira sempre o estacionamento destinado a parar trotinetes ou próprio para bicicletas. Não estacione em passeios pedestres, rampas de serviço, paragens de transportes públicos, entradas de garagens e outros lugares destinados à circulação de peões. Se estacionarem em locais destinados à circulação de peões a coima pode ir de 30 a 150 euros.
5. Ter seguro. Os acidentes acontecem também com trotinetes. Quer alugue, quer compre uma, certifique-se de que assina ou contrata um seguro. Tenha em atenção que, se utilizar uma trotinete partilhada, o seguro só cobre a pessoa que subscreveu o serviço. Se deixar um amigo ou filho utilizar através da sua aplicação, a responsabilidade será sua e o seguro não cobrirá a terceira pessoa.
As trotinetes não têm de ser um problema para ninguém, desde que sejam usadas de acordo com as regras.
*Vídeo mostra jovem a atirar trotinete para as águas da Doca de Faro
Imagens tristes, publicadas este mês pelo POSTAL, ao som de gargalhadas de total inconsciência e falta de respeito para com todos nós.
Embora as trotinetes eléctricas se tenham rapidamente tornado num meio de deslocação popular, transformaram-se também num alvo preferido de alguns cidadãos.
Segundo o MAGG.PT, “em 2018, por exemplo, várias pessoas na Califórnia, nos Estados Unidos, começaram a mandar para o mar todas as trotinetes que se encontrassem mal paradas no meio dos passeios ou nas estradas.
Em Portugal a situação não é muito diferente. Ainda não há trotinetes no rio, no entanto não faltam críticas ao incómodo que estão a causar na cidade. Segundo escreve o “Diário de Notícias”, a Câmara Municipal de Lisboa pretende saber, em tempo real, quantas estão a ser utilizadas durante o dia, e até admite multar os condutores que não cumpram as normas de utilização. A coima pode chegar aos 300€”.