Cidália Figueira, cabeça de lista do Chega à Câmara Municipal de Moura e eleita vereadora nas últimas eleições autárquicas, abandonou o partido e passou a independente. A informação foi avançada pelo jornal “A Planície”. O partido passa assim de 19 para 18 vereadores eleitos nas primeiras autárquicas que disputou.
“Ao longo da campanha, acho que foi notório, não só por parte da população, como também da comunicação social, que eu, a candidata, andava sempre sozinha nas arruadas”, diz Cidália Figueira àquele jornal. A vereadora sinaliza ainda “divergências políticas, não só da parte dos candidatos como sobretudo da distrital”. “Isso acabou também por interferir um pouco com o próprio André Ventura e o secretário-geral porque eu reportava sempre as questões que me desagradavam ao André Ventura. Nunca vi alterações nas atitudes dos candidatos, nem da distrital”, queixa-se.
A agora independente refere que, na véspera da tomada de posse, o presidente do partido reconheceu, em conversa consigo, que “tinha havido alguns desentendimentos” mas que seria posto “um ponto final na situação”. Após a tomada de posse, ter-lhe-á garantido André Ventura, “as coisas seriam sanadas e ia haver uma viragem para que houvesse união”.
No entanto, na tomada de posse, Cidália Figueira adianta que ninguém da sua bancada a cumprimentou, “inclusivamente André Ventura”. “Ora, as conclusões são fáceis de tirar. Vi que não houve qualquer interesse na minha pessoa e, uma vez que isso aconteceu, resolvi passar a vereadora independente inscrita”, conclui.
Nas eleições de 26 de setembro, o PS segurou a presidência da Câmara de Moura, com 40,31% dos votos e três mandatos, o mesmo número de mandatos conquistado pela CDU que conseguiu 38,97%. O Chega conquistou 14,35% e um mandato, que agora perde com a passagem de Cidália Figueira a independente.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL