Os alunos da ESPAMOL, Inês Duarte, Pedro Félix e Tiago Rio, vencedores do Concurso de Rótulos para Garrafas de Vinhos, desfrutaram do seu prémio “Viagem ao Douro”, entre a passada sexta-feira e domingo, numa oferta da Câmara de Lagoa, entidade organizadora do referido concurso, no primeiro período deste ano lectivo.
Conforme explica a autarquia lagoense em nota de imprensa, “os vencedores e respectivos acompanhantes ficaram alojados num hotel no Porto mas não puderam realizar o cruzeiro pelo Douro, conforme estava previsto, devido às condições atmosféricas na altura. Em alternativa, beneficiaram de um programa diferente com várias visitas na região do Douro”.
No primeiro dia, a comitiva visitou uma quinta na confluência dos rios Tedo e Douro, entre o Peso da Régua e o Pinhão. Com vistas deslumbrantes sobre o rio, esta quinta pratica unicamente agricultura orgânica e produz vinhos do Porto, de mesa e azeite, disponibilizando visitas aos lagares e aos armazéns de envelhecimento do vinho, bem como provas. No Pinhão, almoçaram num restaurante tradicional, visitando depois uma empresa em Casal de Loivos, que produz e comercializa vinhos da região do Douro e onde foi possível a observação por parte dos alunos e a degustação pelos acompanhantes de alguns dos seus produtos: vinhos tintos, brancos, rosé e sumo de uva, assim como o azeite proveniente das oliveiras da propriedade, caracterizado pela suavidade e baixa acidez. A viagem seguiu até um Centro de Vinificação e Logística, em Alijó, com visita às instalações que incluem uma adega com capacidade para seis milhões de litros anuais e uma cave de armazenamento para cerca de 22 milhões de litros de vinho em estágio. Uma vez que esta empresa não tem vinhas próprias, utiliza a matéria-prima de cerca de 3.200 viticultores.
Comitiva viu de perto as zonas de maior interesse no Porto
No segundo dia de viagem, a comitiva fez uma visita guiada à cidade do Porto, em que teve a oportunidade de ver a Foz – onde o rio e o mar se misturam e criam uma envolvência mágica – local onde se praticam caminhadas até ao Parque da Cidade, um dos lugares preferidos pelos portuenses para o exercício físico. Já na imponente Sé do Porto, um edifício de estrutura romano-gótica dos séc. XII e XIII, foi possível ver as belas talhas douradas, pinturas, esculturas, tesouros de arte sacra, uma rosácea romântica, revestida de mármores policromos e belos azulejos barrocos no claustro. Seguiram pelas ruas da velha cidade até à estação de S. Bento – considerada uma das mais belas do mundo, onde tiveram a oportunidade de ver as paredes decoradas com azulejos que retratam a história do transporte e de Portugal – e pela Avenida dos Aliados, um dos cartões postais da cidade, local onde os portuenses se concentram para celebrar os momentos especiais, até ao centro antigo onde visitaram a Torre dos Clérigos e a igreja do estilo barroco, concluída em 1763.
Após o almoço em Vila Nova de Gaia visitaram uma das principais atracções turísticas, as caves de Vinho do Porto de uma marca criada em 1751 por uma família de viticultores do Douro – que possui uma tradição riquíssima e um papel proeminente na história do Vinho do Porto – e onde viram as caves onde o vinho do Porto, doce e fortificado, é produzido a partir das uvas cultivadas na região do Douro e enviado para as caves de Vila Nova de Gaia, onde é preparado e envelhecido.
Por fim, todos usufruíram de um momento de descontracção na Ribeira junto ao Rio Douro, em pleno centro histórico da cidade – com vista privilegiada para as caves de vinho e para a ponte D. Luís – com as suas ruas estreitas e casas típicas com fachadas coloridas que preservam a história, os contrastes e a singularidade. O resto do dia de domingo foi livre, aproveitado pela comitiva para passear pelas ruas da baixa portuense.