O Algarve e a região de Lisboa apresentaram os preços mais elevados nos preços da habitação no terceiro trimestre de 2019, enquanto Braga registou o maior crescimento no setor, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A cidade de Braga, segundo o INE, registou, pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2016, o maior crescimento de preços face ao período homólogo (+22,6%), entre as cidades portuguesas com mais de 100 mil habitantes, mas manteve o menor preço das casas (915 euros) e é a única com preço inferior ao valor nacional, de 1.054 euros por metro quadrado (m2).
De acordo com as estatísticas divulgadas, há 44 municípios que praticaram um preço mediano da habitação superior ao valor nacional da habitação, maioritariamente localizados das duas sub-regiões com preços mais elevados, a Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde o preço da habitação era de 1.423 euros/m2, e o Algarve, com 1.635 euros/m2.
A capital do país, Lisboa, lidera a lista, com os preços mais elevados das casas no país (3.205 euros/m2), mas há outras cidades com preços cada vez mais difíceis de comportar para a grande maioria dos portugueses.
Segundo o INE, entre as cidades com preços medianos mais elevados na habitação estão Cascais (2.529 euros/m2) e Oeiras (2.211 euros/m2), na AML, bem como Loulé (2.089 euros/m2), Albufeira (1.894 euros/m2), Lagos (1.875 euros/m2), Lagoa (1.662 euros/m2), Vila Real de Santo António (1.547 euros/m2), Aljezur (1.535 euros/m2), Tavira (1.804 euros/m2) e Faro (1.532 euros/m2).
As cidades do Porto (1.802 euros/m2), Odivelas (1.718 euros/m2), Loures (1.578 euros/m2) e Funchal, na Madeira (1.551 euros/m2), também apresentaram preços superiores ao valor nacional (1.504 euro/m2) da habitação neste trimestre de 2019.
Merecem ainda destaque do INE duas freguesias de Lisboa, Santo António e Misericórdia, que apresentam preços superiores a 4.500 euro/m2, muito acima do referido valor nacional.