A denúncia foi feita pelo deputado Cristóvão Norte em nota informativa dirigida às redacções ontem e revelava a indisponibilidade da vacina tretavalente em vários centros de saúde do Algarve.
De acordo com o parlamentar eleito à Assemblaeia da República pelo PSD do Algarve: “recebi ao longo das últimas semanas, inúmeras queixas de utentes sobre a falta da vacina tetravalente no Algarve”, uma situação que segundo o político, “é motivo de angústia e receio por parte de muitos pais, os quais constatam que não há previsão para a solução do problema quando se dirigem aos Centros de Saúde, pelo que urge corrigir prontamente”.
Assim Cristóvão Norte tomou “a iniciativa de solicitar ao Governo que garanta a reposição dos stocks, de modo a dar resposta ás necessidades que se verificam”.
ARS – Algarve garante normalidade a partir da próxima semana
Contactada ontem de manhã pelo POSTAL, apenas durante a tarde a Administração Regional de Saúde (ARS) – Algarve esclareceu que “o procedimento de aquisição, centralizado nos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), da vacina tetravalente bacteriana DTPA+ Hib, deverá estar concluído no final desta semana”.
Assim, acrescenta a ARS, “o fornecimento deverá estar completamente assegurado no inicio da próxima semana com a respectiva distribuição pelas unidades de saúde da região”.
Finalmente a tutela regional da Saúde esclarece que “de acordo com as orientações do Departamento de Saúde Pública da ARS Algarve, as crianças que eventualmente não tenham ainda sido vacinadas serão contactadas pela respetiva unidade de saúde quando for regularizado o fornecimento. Os cuidadores poderão sempre contactar a sua unidade de saúde para obter mais informação”.
O que fica por esclarecer
Na respostas da ARS-Algarve foram ignoradas algumas das questões colocadas pelo POSTAL e que ficam sem resposta, nomeadamente, em quantos (e quais) centros de saúde da região está a vacina em falta e desde quando.
Assim, não é possível saber quantas serão as populações em geral afectadas e as crianças em particular que não têm sido vacinadas com a vacina em questão, que se destina à prevenção da difteria, tétano, tosse convulsa e meningite bacteriana causada por Haemophilus.
A vacina em causa deve ser tomada pelas crianças aos 2, 4 e 6 meses (tendo reforços aos 18 meses e aos cinco anos de idade) e destina-se a prevenir, de acordo com dados do Plano Nacional de Vacinação (PNV) duas doenças consideradas eliminadas em território nacional, a difetria e o tétano neonatal, e outras duas consideradas controladas, a tosse convulsa e meningite bacteriana.
Recorde-se que as grávidas de acordo com as informações do PNV são, em cada gravidez, vacinadas contra a tosse convulsa, o tétano e a difteria (Tdpa).
Para saber mais sobre Plano Nacional de Vacinação consulte AQUI.