A Universidade do Algarve e a Universidade de Huelva reuniram-se ontem, 11 de março, no Campus de Gambelas, com o intuito de estreitar relações entre as duas academias. Paulo Águas, reitor da UAlg, referiu que “este encontro é um marco importante para a vida da Universidade do Algarve”.
No âmbito deste encontro foram organizados vários grupos e reuniões de trabalho que se focaram nas seguintes áreas: académica, investigação e projetos europeus, internacionalização, qualidade (boas práticas), extensão e questões legais.
Antonia Peña Guerrero, reitora da Universidade de Huelva, fez um balanço positivo deste encontro, realçando a importância das sinergias “na oferta de titulações, na melhoria das políticas de internacionalização, intervindo com mais critério, tendo em conta as boas experiências sempre em busca da qualidade”. A reitora destacou, ainda, o facto de as duas universidades serem “muito paralelas na estrutura, na dimensão, nos problemas que enfrentam, e nas dificuldades no plano financeiro e normativo”.
União das instituições garante mais mobilidade
Já Paulo Águas garantiu que, os projetos conjuntos, são um caminho a percorrer, assegurando “mais mobilidade, mais relacionamento entre os nossos professores e investigadores, indo ao encontro dos novos desafios societais”. O reitor da UAlg lembrou que “Huelva e o Algarve são as duas universidades que estão mais a sudoeste da Europa e, por isso, mais perto de África e do outro lado do Atlântico”, assumindo, ainda, que “esta proximidade pode abrir espaço a novas parcerias, no sentido de sermos mais atrativos e mais competitivos para o mercado sul-americano, pois o que se pretende é que estas duas instituições, juntas, possam ter mais presença na Europa e no mundo”.
O ponto alto da colaboração entre as duas instituições é a submissão de uma candidatura no âmbito da Iniciativa Universidades Europeias. Coordenada pela Universidade do Algarve, em estreita colaboração com a Universidade de Huelva, esta aliança conta com mais cinco universidades – Tuscia (Itália), Timisoara (Roménia), Ludwigshafen (Alemanha), Lahti (Finlândia), e Tromso (Noruega) – criando, assim, pontes educativas em toda a Europa e assegurando uma ampla cobertura geográfica.
Universidades pretendem propor novo grau europeu
Este consórcio tem como objetivo criar horizontes de sustentabilidade, muito transversais, quer ambientais, quer sociais ou económicos, que se pretendem desenvolver através de graus conjuntos. “Queremos propor um novo grau europeu, reconhecido entre as universidades do consórcio, que permita reduzir as barreiras no reconhecimento dos graus em cada país”, refere Alexandra Teodósio, vice-reitora da UAlg.
Os grupos de trabalho criados nesta reunião manter-se-ão em contacto e já ficou marcado o próximo encontro, desta vez na Universidade de Huelva, para o final do ano.
(Andrea Camilo / Cristina Mendonça)