A unidade móvel de radiologia que entrou em funcionamento no Algarve vai permitir uma poupança financeira significativa e uma melhoria da gestão do tempo dos profissionais, indicou o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) da região.
“A realização dos exames de radiologia digitais no local e o envio imediato das imagens para os centros de saúde confere maior segurança e melhor gestão de tempo dos profissionais”, disse ontem o presidente da ARS do Algarve, João Moura dos Reis, durante a apresentação da unidade móvel no estabelecimento prisional de Silves.
Equipada com um sistema informático, a unidade móvel de radiologia permite a transmissão dos dados clínicos directamente através da rede 4G (tecnologia de quarta geração, que possibilita um maior número de utilizadores em simultâneo sem perda de eficiência) para os serviços hospitalares e centros de saúde.
Equipamento custou 500 mil euros
De acordo com João Moura dos Reis, o sistema digital bem como todo o equipamento informático custou cerca de 500 mil euros, “investimento que irá gerar uma poupança significativa dos recursos financeiros e profissionais”.
Além de flexibilizar o acesso aos dados clínicos, ao trabalhar em rede, o sistema possibilita aos profissionais de saúde a realização de “um número ilimitado de imagens de rastreio na unidade móvel de radiologia”, destacou o responsável pela ARS do Algarve.
Na opinião de João Moura dos Reis, “contorna-se o procedimento anterior que implicava transferir fisicamente as imagens clínicas entre a unidade móvel e o centro de saúde, sem poder efectuar um diagnóstico imediato”.
“Com este novo programa informático, o processo torna-se mais eficaz, imediato e racional em caso de detecção de patologias, tornando também a notificação médica e o tratamento do utente mais céleres”, enfatizou.
Por seu turno, o director do estabelecimento prisional de Silves, Ricardo Torrão, destacou a importância do novo equipamento móvel, “porque implica a utilização de menos recursos humanos e menos deslocações, bem como uma resposta rápida na triagem de patologias como a tuberculose, para evitar a sua propagação”.
“É efectivamente uma grande poupança em termos de recursos humanos e de despesas com as deslocações aos centros de saúde, sublinhou Ricardo Torrão acrescentando que “em média são efetuados entre 60 a 70 exames e rastreios mensais naquele estabelecimento prisional”.
O presidente da ARS do Algarve disse ainda que o projecto-piloto ou seja, a Unidade Móvel de Radiologia da ARS do Algarve poderá no futuro ser utilizada no Alentejo, ao abrigo de um protocolo que está a ser preparado com a administração regional de saúde daquela região.
(Agência Lusa)