A União das Freguesias de Faro reforçou o número de oleões na cidade através da empresa Reciclimpa, entidade que recolhe os óleos alimentares usados (OAU).
Assim, foram hoje colocados os primeiros três reforços destes equipamentos, na Rua Filipe Ferrer (Vale da Amoreira), Rua José Pedro de Almeida (Bom João) e Rotunda do Hospital (Penha) estando previsto que nos próximos meses esta rede de recolha de óleos Alimentares Usados (OAU) continue a ser reforçada de forma a servir o maior número de famílias possível.
De acordo com Bruno Lage, presidente da União das Freguesias de Faro, “os óleos alimentares usados são resíduos que resultam da fritura de alimentos quer em restaurantes quer nos lares familiares. Devido à quantidade produzida e ao elevado potencial de contaminação dos recursos hídricos, é fundamental a separação e encaminhamento adequado deste resíduo, coisa que muitas famílias farenses estavam incapacitadas de o fazer devido à não existência dos oleões que servissem algumas das zonas de maior densidade populacional”.
Conforme explica a união de freguesias, “um litro de óleo é suficiente para poluir cerca de um milhão de litros de água, pelo que o esgoto nunca deve ser o destino a dar ao óleo alimentar usado, até porque, para além da contaminação dos percursos de água, os OAU deterioram as canalizações e podem danificar os equipamentos das ETARs”.
Os cidadãos ao colocarem os óleos usados nos oleões, para além de evitarem a poluição dos percursos de água estão a permitir o aproveitamento desta matéria-prima, dado que o OAU possui um elevado potencial de recuperação, para a produção de sabão ou de biodiesel.
Neste último caso, cerca de 1.000 litros de óleos alimentares usados permitem produzir entre 920 e 980 litros de biodiesel, cujos índices de emissão de dióxido de carbono podem chegar a menos de 80% dos do gasóleo.
“No oleão só deve ser colocado óleo de origem alimentar (pode ser óleo de fritura, azeites, óleos de conservas) e nunca óleo lubrificante de motores (de origem mineral ou sintético). Esses óleos devem ser encaminhados através de oficinas para destinos adequados”, destaca a união de freguesias.