Com patas e pés na água, à beira mar, brincamos, enquanto as ondas se estendem pela a areia, enquanto fugimos, enquanto rimos, enquanto somos só nós.
Hoje ao teu lado posso ser a criança que sempre fui, posso rir como sempre ri, posso ser apenas eu, podemos ser apenas nós.
Tu és a minha companheira de aventuras, tu és a aventura. És a história, és peça central, és o início e o final. Tu és a minha Ginja Maria.
O mundo está ao nossos pés e num simples olhar, um olhar que tem todos os nossos segredos, que tem todas as nossas aventuras, um olhar que tem tudo. Partimos, partimos para o desconhecido. Num barco de piratas ela é a capitã, ela ruma em direção das ondas, dos tesouros, do desconhecido.
Parece bonito escrito assim, pensamos. Mas é o passeio no bairro. Não é o nosso mar por devastar ? O cão que ladra na esquina, pode ser o bandido mascarado, o tesouro, ser o pauzinho do jardim, ou aquele momento e, que correm juntos. Que não há mais nada a não ser vocês. A descoberta do mundo.
O mundo é grande, é enorme mesmo sabem, são milhares e de kms para lhe dar a volta. Mas para eles, para todas as Ginjas Marias, nós já somos uma grande parte do mundo.
As histórias podem ser contadas e recontadas, as histórias podem ser verdadeiras ou inventadas. Ou podem ser aventuras onde quem conta um conto acrescenta um ponto.
Ela todos os dias ouve as minhas histórias, ouve os meus desabafos. Ela não me conta nada, não precisa, porque eu estou ao lado dela para conquistar o mundo. Para vencer os dragões, para salvar as princesas das torres, para por os bandidos nas prisões, para conquistar o mundo. Para conquistar o nosso mundo.
Hoje talvez o bairro, amanhã um pouco mais longe.