A Comissão Europeia e o Governo cabo-verdiano assinaram ontem, em Bruxelas, um acordo que prevê um apoio da União Europeia de 50 milhões de euros até 2020, para ajudar a combater a pobreza e estimular o crescimento económico.
O acordo, celebrado no âmbito do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento, foi assinado na sede da Comissão Europeia pelo comissário da Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, na presença do presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, e do primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
“A UE continuará a apoiar o Governo de Cabo Verde com vista a fazer face aos desafios, a fim de reduzir a pobreza, tornar a sua economia mais competitiva e reforçar as suas relações com a União Europeia. Temos uma Parceria Especial com Cabo Verde que se baseia na história do nosso apoio contínuo e dos valores comuns. A assinatura do novo acordo de financiamento no valor de 50 milhões de euros para a boa governação e o desenvolvimento ilustra o empenhamento continuado da UE”, declarou o comissário europeu da Cooperação Internacional.
Segundo Bruxelas, o apoio de 50 milhões de euros até 2020 será canalizado sobretudo para duas áreas: ajudar os esforços do Governo de Cabo Verde na redução da pobreza e na promoção de um crescimento sustentável, através da implementação de reformas com vista a uma economia mais competitiva e um melhor clima de negócios no arquipélago; e o reforço da parceria especial entre UE e Cabo Verde.
Lembrando que UE e Cabo Verde têm uma parceria especial já desde 2007 – foi lançada durante a presidência portuguesa do bloco europeu -, a Comissão aponta que será dada especial atenção à execução do Plano de Acção de Segurança e Estabilidade de Cabo Verde.
Na semana passada, por ocasião da sua primeira deslocação a Bruxelas desde que tomou posse, para participar numa reunião com o grupo de “Amigos de Cabo Verde” no Parlamento Europeu, o primeiro-ministro disse à Lusa pretender reforçar a Parceria Especial com a UE.
“Estamos a perspectivar que as nossas relações possam ser reforçadas, não só na vertente securitária, porque é de interesse mútuo, mas também na parceria para o desenvolvimento e na parceria empresarial, porque queremos atrair mais investimento” estrangeiro e, designadamente, europeu, afirmou Ulisses Correia e Silva.
(Agência Lusa)