A Região de Turismo do Algarve (RTA) vai lançar um novo guia turístico vocacionado para o segmento Cycling & Walking (ciclismo e caminhadas) do turismo regional, trata-se do Guia de Percursos de Ciclismo de Estrada.
O novo guia conta com a parceria da Federação Portuguesa de Ciclismo (responsável pelos textos) e da Cyclin’Portugal e disponibiliza 92 páginas de informação útil para os amantes das duas rodas quer em suporte papel, quer on-line (AQUI).
O novo guia propõe percursos de estrada dividindo o Algarve em três zonas, Este, Central e Oeste, cada uma com vários percursos com níveis de dificuldade classificados de 1 a 4, a que são acrescentados oito percursos de treino desportivo (de níveis 3 e 4) e, ainda, desafios de subida pura em cada uma das três zonas geográficas.
As propostas para o a Zona Este
Na Zona Este o guia propõe cinco percursos de nível 1, em Tavira, Alcoutim, Castro Marim, Vila Real e Olhão, com distâncias a variar entre 54 e os 70 quilómetros de extensão e desnível acumulado (d.a.) entre os 600 e os 980 metros.
Para cada percurso uma breve descrição do mesmo ajuda os leitores a perceberem o que podem encontrar, ao mesmo tempo que um QR Code permite aceder à informação em suportes móveis. Nesta zona o Turismo do Algarve propõe três percursos de nível 2, todos em Tavira, com extensão e d.a. máximos de 97 quilómetros e 1.650 metros respectivamente.
Quanto aos percursos de nível três, para a Zona Este oferecem-se dois percursos de extensão superior a 100 quilómetros e em cujo d.a. máximo atinge os 2.700 metros.
As propostas terminam com um percurso para os mais ambiciosos das duas rodas, com nível quatro, 163 quilómetros e um d.a. de 2.825 metros, também em Tavira.
A Zona Centro, percursos para todos os gostos
São sete os percursos propostos com o nível mais baixo de dificuldade pra a Zona Centro e abrangem seis concelhos Albufeira, Faro, Loulé, Lagoa, Silves e São Brás de Alportel. Quanto a distâncias variam entre 52 e 66 quilómetros e no que respeita aos d.a. situam-se entre os 525 e os 925 metros.
Em cada percurso a altimetria é mostrada aos leitores do guia através de um gráfico, ajudando a antever o percurso e as respectivas dificuldades e no que toca aos percursos de nível dois o d.a. pode atingir na Zona Centro os 1.480 metros. Este desafio encontra-se no percurso localizado em Vilamoura, sendo que a alternativa neste nível está num segundo percurso marcado em Albufeira.
No nível 3 e ainda na Zona Centro, mais dois percursos em Albufeira e Quarteira e, finalmente, no nível quatro de dificuldade o guia propõe para esta zona um percurso de 178 quilómetros de extensão que acumula em desnível 3.130 metros.
Os desafios na Zona Oeste e entre eles o maior acumulado de subida
Em cada zona o guia contém indicações sobre património digno de visita pelos amantes do ciclismo ao longo dos percursos propostos e na Zona Oeste está colocado o maior desafio de todo o guia para os que se dedicam a pedalar, excepção feita às propostas de subida pura.
Com o nível 4 o percurso proposto na Zona Oeste insere-se no concelho de Lagos e tem um d.a. de 3.300 metros, o maior do guia, com uma extensão de 163 quilómetros.
E não se pergunte o que é feito das subidas de Monchique, a serra mais alta do Algarve. Neste concelho o percurso proposto no guia tem somente 975 metros de d.a. numa extensão de 51 quilómetros e tem nível 1. A este nível propõem-se ainda outras três alternativas.
No nível 2 o guia desafia os homens e mulheres a pedalarem por dois percursos alternativos e no nível três por outros dois, sendo que neste caso o mais extenso tem 135 quilómetros.
Percursos desportivos
Quanto aos percursos desportivos o guia oferece quatro propostas de nível 3 e outras tantas de nível quatro em toda a região e sempre a percorrer barrocal e serra tanto como a zona litoral.
Albufeira, Faro, Portimão e Tavira têm cada um percursos de nível 3 e 4 que são desafios aos verdadeiros desportistas com extensão máxima de 177 quilómetros e 4.500 metros de acumulado de subida num percurso que inclui Portimão e a ‘imperdoável’ Serra de Monchique.
Para os trepadores
Para os verdadeiros trepadores o guia propõe 16 subidas espalhadas por toda a região em que o desafio mais ‘leve’ é a Subida de Faz Fato – com um d.a. de 158 metros e uma inclinação média de 3,2% – e o mais ‘pesado’ o da Portela da Nave, subida de 1ª categoria com um d.a. de 364 metros e uma inclinação média de 9%.
Quanto à inclinação média mais elevada o desafio que a oferece, como expectável, é a subida do Malhão com 10,16%.
A apresentação do guia é feita em primeira mão pela RTA durante o Algarve Smart Region Summit – 1.º Encontro Nacional de Autoridades Intermunicipais de Transportes, que decorre hoje a amanhã no Autódromo Internacional do Algarve.
O Turismo do Algarve está presente neste evento com um stand de 50 metros quadrados partilhado com a Federação Portuguesa de Ciclismo, com a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilização de Bicicletas e com a Almargem.
O programa Cycling & Walking Algarve reforça assim a aposta do destino no turismo de natureza com os objectivos de diversificar a oferta da região, aumentar a competitividade e captar fluxos turísticos nas épocas média/baixa.
Segundo Desidério Silva, presidente da RTA, a presença da instituição “vai animar o showroom do evento com uma área dedicada ao produto Cycling & Walking Algarve, que ao longo do último ano temos vindo a trabalhar em conjunto com o Turismo de Portugal, a Associação Turismo do Algarve, o aeroporto, os municípios e as empresas de animação turística”.
Não obstante ter sido criado a pensar directamente no turismo e nos turistas, a verdade é que o guia pode também ser de grande utilidade para o cada vez maior número de praticantes de ciclismo desportivo e de lazer existente na região.
Propostas consolidadas, devidamente marcadas e com informação disponível em vários suportes são uma ferramenta indispensável para quem se quer fazer à estrada numa bicicleta contando com a ajuda de um guia.