Ao ser questionado sobre a razão pela qual o túnel de Olhão inunda com frequência, o comandante dos Bombeiros Municipais de Olhão defendeu que a “experiência demonstrou” que o túnel até funciona como “bacia de retenção”, evitando que a “brutalidade de água” siga “pelas avenidas e zona histórica”, algo que poderia ser “dramático”, realçou à Lusa.
Segundo Luís Gomes, “até à hora de almoço” de hoje será reposta a circulação no túnel situado junto à estação ferroviária, que ficou inundado devido à força da água, situação que se repete sempre que chove com intensidade.
“Houve habitações atingidas”, obrigando os moradores a pernoitar em casas de familiares até que “se estabelecesse a normalidade”, não havendo, no entanto, registo de desalojados.
A chuva intensa que caiu na quinta-feira à noite no concelho de Olhão, no Algarve, causou apenas alguns danos materiais, não havendo feridos a lamentar, informou a Câmara Municipal.
Em comunicado, a autarquia adiantou hoje que no total foram registadas 53 ocorrências, na sua maioria relacionadas com inundações, no entanto, algumas vias ficaram submersas o que provocou “sérios constrangimentos” na circulação rodoviária.
De acordo com a autarquia, a chuva provocou uma “sobrecarga nos sistemas de drenagem artificiais existentes, bem como o transbordo das principais linhas de água”, originando vários episódios de cheias e inundações, com principal incidência no perímetro urbano da cidade.
O fenómeno de precipitação intensa que assolou o concelho entre as 17:00 e as 20:00 de quinta feira, com um pico às 19:00, registou, “um acumulado de precipitação de 47 milímetros”, lê-se ainda na mesma informação.
A intervenção das autoridades permitiu a reabertura de “todas as vias”, mantendo-se apenas interditada a circulação na passagem desnivelada de Olhão, que, segundo a Câmara, “ficará solucionada ainda no decorrer desta manhã”.
Em resposta às ocorrências, estiveram envolvidos meios das juntas de freguesia, empresas municipais, serviços municipais, Polícia Municipal e várias corporações de bombeiros.
Além do Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão, acorreram aos locais inundados também os Sapadores de Faro, Faro Cruz-Lusa, de São Brás de Alportel, Albufeira, São Bartolomeu de Messines, Lagoa e Portimão.
À Lusa, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro revelou que Olhão “foi a zona mais afetada”, mas que se registaram ocorrências em “Vila Real, Tavira e Casto Marim”, sobretudo “inundações na via pública, sem danos de maior” que foram resolvidas ainda na quinta-feira.
A chuva começou a cair com intensidade a partir das 17:30 de quinta-feira, acalmando por volta das 21:00, concluiu a mesma fonte.
Vídeo (D.R.) retrata os efeitos das fortes chuvas sentidas na zona do Almargem, no concelho de Tavira. Há registos de várias zonas do Algarve que foram atingidas por cheias e inundações
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