A obra para a eletrificação do troço ferroviário Tunes – Lagos (45 quilómetros), na Linha do Algarve, deverá estar concluída em 2024, num investimento de 30 milhões de euros, anunciou hoje as Infraestruturas de Portugal (IP).
Em comunicado, a IP refere que o concurso público para a empreitada foi publicado na sexta-feira em Diário da República, sendo o prazo de execução de cerca de 23 meses.
“Este concurso publico é o segundo a ser lançado para esta empreitada, tendo o primeiro concurso sido anulado, pelo motivo de todos os concorrentes terem apresentado propostas com valores superiores ao preço base”, explica a IP.
Em causa está a eletrificação da Linha do Algarve no troço Tunes/Lagos, numa extensão de 45 quilómetros, com um investimento estimado em 30 milhões de euros.
A empreitada prevê o rebaixamento da via-férrea, numa extensão de aproximadamente 400 metros, requalificação das pontes metálicas de Portimão e Vale da Lama, para instalação de catenária, a construção de uma nova infraestrutura de suporte aos sistemas de sinalização e telecomunicações e intervenção em taludes instáveis.
Prevê-se, igualmente, a demolição, reabilitação ou execução de nova drenagem longitudinal e transversal nas zonas de rebaixamento da via-férrea, intervenções nos edifícios das estações e apeadeiros e a requalificação das passagens de peões.
Além do troço Tunes – Lagos, o projeto de eletrificação da Linha do Algarve contempla também o troço Faro – Vila Real de Santo António (56 quilómetros), cujo contrato foi assinado em julho.
O concurso para esta empreitada tem um valor base estimado em 23 milhões de euros e deverá estar concluído no final de 2023.
O investimento global para a eletrificação da Linha do Algarve é de 70 milhões de euros, que engloba também o desenvolvimento de estudos e projetos, a construção de uma subestação de tração elétrica em Olhão, a ampliação de uma subestação elétrica em Tunes, remodelação do sistema de energia, das salas técnicas e reformulação de passagens de nível.
O projeto de eletrificação da Linha do Algarve deverá ter um financiamento comunitário de 85% ao abrigo do programa COMPETE 2020, inserido no Plano de Recuperação e Resiliência.