Maria de Lurdes Rodrigues foi condenada pelas Varas Criminais de Lisboa a três anos e seis meses de prisão, com pena suspensa e pagamento de 30 mil euros ao Estado, por ter, segundo o colectivo de juízes, beneficiado João Pedroso, irmão do antigo ministro socialista Paulo Pedroso, solicitando-lhe um trabalho de compilação de legislação do Ministério, sem lançar concurso público.
A ex-ministra da Educação tinha agendada para hoje a leitura da sentença do processo onde foi julgada pela acusação de prevaricação de titular de cargo público, tal como o POSTAL noticiou (VER). A sentença proferida nas Varas Criminais, primeira instância penal, é passível de recurso quer por parte da ex-governante dos executivos de José Sócrates, quer por parte do ministério Público.
A ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues considerou hoje que foi condenada pelo crime de prevaricação de titular de cargo público “sem qualquer prova direta”, qualificando a sentença de “injusta” e de “enorme gravidade”.
Em posição sobre a sentença, enviada por escrito à Lusa, Maria de Lurdes Rodrigues alega que o trabalho em causa “era necessário” e que as testemunhas ouvidas, incluindo quatro ex-ministros da Educação (dois do governo PS e dois de governo do PSD/CDS) confirmaram a “necessidade e importância” do trabalho encomendado a João Pedroso.
(Com Agência Lusa)