O Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, ordenou a retirada imediata de um lote do medicamento Lorazepam, amplamente utilizado no tratamento da ansiedade, devido a uma irregularidade detetada num estudo de estabilidade. A decisão foi anunciada através de uma circular informativa publicada no site oficial da instituição.
O lote afetado é o número 23.109 do medicamento Lorazepam Labesfal, 1 mg, comprimido, 60 unidades, que está registado com o número de autorização 5.615. Segundo a autoridade reguladora, foi identificado um resultado fora de especificação no parâmetro de doseamento durante um estudo de estabilidade do fármaco, conduzido pela empresa Generis Farmacêutica.
Perante este cenário, o Infarmed ordenou a suspensão imediata da comercialização deste lote e solicitou a devolução dos produtos que ainda estejam em stock nas farmácias ou outras entidades de saúde. “As entidades que possuam este lote de medicamento devem cessar imediatamente a venda, dispensação ou administração do mesmo e proceder à sua devolução”, especifica o comunicado da autoridade.
O Infarmed tranquilizou, no entanto, os doentes que estejam a tomar este medicamento, recomendando que não interrompam o tratamento de forma abrupta. “Os doentes que estejam a utilizar medicamentos pertencentes a este lote não devem interromper o tratamento e, logo que possível, devem contactar o médico para substituir por outro lote ou um medicamento alternativo”, aconselha a instituição.
O Lorazepam é um ansiolítico prescrito para o tratamento da ansiedade e distúrbios associados ao stress, sendo também utilizado como sedativo pré-operatório e em crises convulsivas. A sua retirada temporária é um procedimento preventivo, que visa garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos disponíveis no mercado.
A recolha voluntária está a ser conduzida pela empresa responsável pela produção do lote, a Generis Farmacêutica, em colaboração com o Infarmed, num esforço para minimizar potenciais riscos para os consumidores. Este tipo de ação demonstra a importância da vigilância contínua e dos estudos de estabilidade no controlo de qualidade dos medicamentos comercializados, assegurando que cumprem as especificações exigidas pelas autoridades de saúde.
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