Sete pessoas desalojadas pelo incêndio do ano passado em Monchique formalizaram com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) os contratos de apoio ao arrendamento temporário e de longo prazo.
Os contratos, no valor global de 26.434 euros, são os primeiros formalizados no âmbito do programa de apoio ao alojamento urgente ‘Porta de Entrada’, destinando-se a verba ao apoio de quatro casos de arrendamento temporário e outros três de longo prazo (cinco anos).
“Os casos que foram assinados são os mais simples, que têm a ver com o arrendamento e nenhum projecto destes está realizado com a reabilitação”, disse à Agência Lusa Rui André, presidente da Câmara de Monchique.
O autarca explicou que os contratos abrangem pessoas cuja casa de primeira habitação ficou destruída pelo fogo e outras que estavam em casas arrendadas e que encontraram outra casa e a quem o Estado paga o arrendamento.
“As pessoas foram realojadas após o incêndio e estavam a pagar a renda do seu bolso e a partir de agora recebem o dinheiro do Estado”, destacou.
Rui André acrescentou que, além destes sete casos, estão em fase final de instrução pelo IHRU mais duas candidaturas de apoio ao arrendamento.
O concelho de Monchique foi afectado por um incêndio, o maior registado em 2018 em Portugal, e que durante uma semana não deu tréguas aos bombeiros, consumindo mais de 27 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas.
O fogo, que deflagrou há seis meses, em 3 de Agosto, na zona da Perna Negra, em Monchique, alastrou primeiro para o Alentejo, tocando o concelho de Odemira (distrito de Beja), sem grande impacto, e logo depois, com mais violência, para Silves e Portimão (distrito de Faro), destruindo ao todo 74 casas, 52 das quais elegíveis para receberem apoio do Estado para a sua construção ou recuperação.