A Segurança Social de Vila Real de Santo António vai deixar o edifício que ocupa actualmente e transferir-se para o centro de emprego da cidade, que centralizará os dois serviços, informou o Instituto da Segurança Social.
O processo de transferência, que deve estar concluído dentro de poucos dias, obrigou a que os serviços da Segurança Social suspendessem grande parte da actividade, durante esta semana, mas o centro de emprego manteve-se em funcionamento, disseram à Lusa fontes locais dos dois organismos.
Em resposta escrita enviada à Lusa, o Instituto da Segurança Social negou que estivesse em curso o encerramento dos serviços na localidade algarvia e adiantou tratar-se “apenas de uma medida de partilha de alguns espaços dos serviços de atendimento”, não estando em causa qualquer fusão de organismos.
Partilha de espaço não afecta atendimento dos dois organismos
De acordo com aquele instituto, trata-se de um projecto de partilha de espaço dos diferentes organismos do Ministério da Solidariedade, Emprego e da Segurança Social, que não afectará “o normal atendimento” da Segurança Social nas instalações do Centro de Emprego.
“Neste sentido, não haverá despedimentos no âmbito da partilha de instalações dos Centros de Emprego e da Segurança Social e os trabalhadores vão continuar afectos aos respectivos organismos”, acrescentou, explicando que as instalações deixadas pela Segurança Social local “serão devolvidas ao respectivo senhorio”.
A intenção de fundir serviços da Segurança Social e do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) foi anunciada a 20 de Maio, pelo ministro do Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, como uma medida de poupança e partilha de serviços, que permitiria a libertação de 35 imóveis.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) reagiu à medida em comunicado, manifestando a “surpresa” pela “partilha de instalações da Segurança Social com Centros de Emprego, justificada pela poupança resultante da libertação de dezenas de imóveis”.
Desde o ano 2000 encerraram no Algarve cinco serviços da Segurança Social, em Alcoutim, Castro Marim, Loulé, Silves e Vila do Bispo, sendo que no caso dos três últimos foram encerradas apenas as tesourarias.
(Agência Lusa)