Num ano atípico como este, o regresso às aulas é visto pelos pais como algo preocupante e que requer muitas normas de segurança e higiene. Todos os anos deve haver certos cuidados específicos, principalmente com a visão pois este é o meio de comunicação com o exterior.
“Na sala de aula um défice visual pode ser impeditivo da aprendizagem e até do gosto pela leitura e boa relação com a própria escola” afirma Rosário Varanda, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).
Para a oftalmologista, face à pandemia por COVID-19, “é compreensível a preocupação dos pais em lidar com o recomeço presencial das aulas, receando que um possível contágio coloque a saúde ocular em segundo plano. No entanto, tal não deve acontecer, pois as crianças a partir dos seis anos, ou ainda antes, podem usar a máscara facial de proteção sem qualquer dificuldade. Além disso, os consultórios de oftalmologia estão ainda preparados para atender os seus doentes com todas as regras de segurança adequadas”.
“É desejável que as crianças sejam observadas antes da idade escolar, nos programas de rastreio visual infantil aos dois e quatro anos, mas se isso não acontecer deve ser sempre feita uma avaliação oftalmológica antes de se entrar para a escola” refere a médica. “Se as crianças já são seguidas regularmente e usam óculos é também uma boa altura para, no início de setembro, fazer uma reavaliação, pois as lentes dos óculos ficam muitas vezes danificadas nas férias e necessitam de uma rápida substituição”, acrescenta.
Embora estejamos em pleno período de pandemia, os pais, professores e profissionais de saúde não tem de alterar a sua forma de agir mas sim continuar a seguir as recomendações pela Sociedade Portuguesa de Oftalmologia.