O azeite, um dos alimentos mais apreciados em todo o mundo, é também um dos mais propensos a fraudes. Patricia Galasini, sommelier de azeites e presidente da Câmara Setorial de Olivicultura de São Paulo, destaca que a adição de outros óleos é uma prática comum, prejudicando a qualidade e a autenticidade do produto.
Galasini ressalta, em declarações ao GloboRural, que o verdadeiro azeite de oliva é exclusivamente o sumo da azeitona, sem adições de outros óleos. Identificar um azeite de qualidade envolve aspectos sensoriais como aroma, sabor e frescura. A presença de notas frutadas, picantes e amargas são características desejáveis.
Dicas para o Consumidor
- Data de Fabrico e Validade: Prefira azeites mais jovens, com data de fabrico recente, e verifique a validade no rótulo. O limite para um azeite fechado é de até 2 anos.
- Armazenamento: Mantenha o azeite longe da luz e do calor para preservar as suas qualidades.
- Lacre e Embalagem: Certifique-se de que a embalagem está vedada e sem entrada de ar, preferencialmente em garrafas de vidro de cor escura, que preservam melhor as características do azeite.
O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil destaca outras três orientações importantes:
- Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado.
- Consulte a lista de produtos irregulares apreendidos em ações do Mapa.
- Evite comprar azeite a granel.
Em março de 2024, o Mapa apreendeu 104 mil litros, equivalente a cerca de 8 milhões de euros. A rastreabilidade e conformidade com as normas são essenciais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos.
A crescente procura por azeite, aliada a condições climáticas adversas e especulações financeiras, tem levado ao aumento das fraudes no setor. Portanto, é fundamental que os consumidores estejam atentos às dicas fornecidas por especialistas e às orientações dos órgãos reguladores para garantir a autenticidade e a qualidade do azeite que consomem.
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