O Programa Residência Segura, uma iniciativa que visa reforçar a segurança em zonas remotas do Algarve, abrange mais de cinco mil moradias localizadas em zonas isoladas, a maior parte das quais em Loulé, informou a GNR.
A iniciativa, criada em 2010 no concelho de Loulé após uma vaga de roubos violentos a residências luxuosas de estrangeiros, consiste em contactar regularmente cada um dos residentes inscritos, georreferenciar e numerar cada residência para ter um mapa de cada área e potenciar uma resposta mais rápida das forças de segurança.
Em comunicado divulgado na passada quarta-feira, o comando territorial de Faro da GNR adianta que a maior parte das residências registadas no programa pertencem a Loulé (2.741), sendo que, no último ano, aderiram ao programa mais 450 novos proprietários de residências naquele concelho.
Reunir informação sobre a movimentação de possíveis suspeitos de crimes e disponibilizar aos residentes um contacto telefónico directo para a equipa do “Residência Segura”, composta por militares com conhecimentos da região e de idiomas estrangeiros, ou proporcionar conselhos de segurança com panfletos em inglês e português são outras linhas do programa.
Programa está implementado em todo o país
Apesar de ter tido origem em Loulé, o programa está agora implementado em todo o país com a missão de garantir a segurança de residências situadas em locais isolados, através de um policiamento dinâmico, que inclui a intensificação do patrulhamento de proximidade e visitas constantes aos locais referenciados.
Os proprietários de residências isoladas localizadas na área de jurisdição do Comando Territorial de Faro e que pretendam aderir ao Programa Residência Segura, devem deslocar-se ao Posto da GNR da sua área de residência, onde poderão obter mais informações e esclarecimentos, conclui a GNR.
A vaga de assaltos a moradias isoladas no Algarve originou também a criação da associação Safe Communities Algarve, criada por um ex-consultor da Interpol, no sentido de fortalecer a relação entre a comunidade estrangeira residente no Algarve e as autoridades policiais.
(Agência Lusa)