Marcelo Rebelo de Sousa disse, há duas semanas, ser contra a reintrodução do serviço militar obrigatório (SMO). PS e PSD, os partidos que fazem consenso na área da Defesa, concordam que esse não é o caminho.
No novo contexto de guerra e de falta de efetivos, altas patentes na reserva apelam à discussão sobre um novo modelo de serviço militar ou cívico, porque ainda não foi revertida a situação “insustentável” que, em 2019, descreveu o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Silva Ribeiro.
Durante uma conferência em março, o ex-CEMGFA na reforma general Valença Pinto apelou a “uma discussão” sobre o tema.
Face ao contexto de agressão da Rússia à Ucrânia, “e a reação que se viu em países como a Suécia ou a Finlândia”, talvez fosse preciso “colocar o debate do serviço militar obrigatório em cima da mesa mais cedo do que se pensava”, propôs, citado pela Lusa.
Poderia ser um serviço militar obrigatório integrado num conceito de serviço cívico, com uma componente armada e uma não-armada, desde que fosse “geral e universal”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL